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Bolsonaro acompanha julgamento do golpe no STF; 'faz questão de enfrentar a acusação absurda', diz advogado

Ida do ex-presidente à Corte foi antecipada pelo blog na manhã desta terça-feira (25). Ministros começam a decidir se aceitam a denúncia contra o ex-presidente e 7 aliados.

Por Redação com g1 25/03/2025 13h01
Bolsonaro acompanha julgamento do golpe no STF; 'faz questão de enfrentar a acusação absurda', diz advogado
Bolsonaro em julgamento - Foto: Antonio Augusto/STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para o julgamento que pode torná-lo réu por tentativa de golpe de Estado. Ele chegou à Corte por volta das 9h25.

A ida foi antecipada ao blog por Paulo Cunha Bueno, advogado do ex-presidente.

"O [ex-]presidente Bolsonaro faz questão de enfrentar a acusação injusta e absurda que hoje que hoje faz contra ele, comparecendo pessoalmente aos atos do processo,,, sempre, sua indignação e repúdio às imputações mentirosas contra as quais hoje tem sido obrigado a se defender", disse Bueno ao blog na manhã desta terça-feira (25).

O julgamento começa nesta terça-feira (25) e ocorrerá na 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.

As defesas dos réus tentaram impedir que Zanin, Moraes e Dino participassem, mas os pedidos foram negados, representando um dos fracassos da pressão bolsonarista contra o julgamento.

Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro se tornará o primeiro ex-presidente réu por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Se a denúncia for rejeitada, a acusação será arquivada.

Além de Bolsonaro, outros sete aliados são alvos da ação. São eles

Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
Almir Garnier Santos; ex-comandante da Marinha do Brasil;
Anderson Torres; ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
General Augusto Heleno; ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
Mauro Cid; ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Os oito são acusados de terem cometido cinco crimes:

- golpe de Estado
- abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- organização criminosa armada
- dano qualificado
- deterioração de patrimônio tombado.