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Futuro secretário de Trump disse que germes não existem
Pete Hegseth, apresentador de televisão e veterano de guerra escolhido por Donald Trump para ser Secretário da Defesa, disse em 2019 que "nunca lava as mãos", e mesmo que "germes não são reais".Apresentador disse que não lavava as mãos há uma década.
Em um programa do "Fox And Friends", no qual Hegseth trabalha como apresentador, ele disse que sua resolução de ano novo era dizer ao vivo algumas coisas que só falava nos bastidores, e imediatamente contou que não higienizava suas mãos.
"Não acho que lavei minhas mãos nos últimos dez anos. Realmente, eu não lavo minhas mãos, nunca. Eu me inoculo. Germes não são algo real; eu não posso vê-los, então eles não são reais. Eu não sou capaz de ficar doente", Pete Hegseth, escolhido por Trump para ser Secretário da Defesa.
Após repercussão, disse que se tratava de uma piada. Pouco depois da imagem circular nas redes sociais, a porta-voz da Fox News Jaclyn Giuliano afirmou que Hegseth estava "claramente brincando".
Mais tarde, o apresentador deu uma entrevista ao canal USA Today, dizendo que era uma piada voltada àqueles que se higienizam "obsessivamente". "Vivemos numa sociedade onde as pessoas andam por aí com frascos de álcool em gel nos bolsos e higienizam-nos 19.000 vezes por dia como se isso fosse salvar suas vidas".
Reação a episódio foi exagero, defendeu Hegseth. "É ridículo para mim como as pessoas levam certas coisas ao pé da letra e suas cabeças explodem", contou. "A próxima coisa que vai acontecer é que eles vão ligar para meu professor de biologia em Princeton (e perguntar): 'Quando Pete era aluno da sua turma, ele acreditava que germes eram reais?' Que idiota."
Deixar de lavar as mãos pode ser perigoso à saúde. Nossas mãos são os principais pontos de contato com os ambientes que visitamos, e ao encostar em tantos lugares, elas acabam virando o meio de transporte de várias bactérias, vírus e fungos.
QUEM É PETE HEGSETH? - Trump escolheu Hegseth para ser Secretário de Defesa. "Pete é duro, inteligente e acredita verdadeiramente no America First", disse Trump em um comunicado. "Com Pete no comando, os inimigos dos Estados Unidos estão avisados - nossas Forças Armadas serão grandes novamente, e os Estados Unidos nunca recuarão".
Apresentador da Fox News fez carreira militar. Hegseth já fez parte da Guarda Nacional do Exército e serviu no Afeganistão, no Iraque e na Baía de Guantánamo, em Cuba. A Fox News foi um dos braços da campanha de Trump na eleição.
Se voluntariou à escolta de posse de Biden, mas foi retirado por associação à extrema-direita. Em 2020, Hegseth se alistou para ser um dos 25 mil militares que atuariam na proteção da posse de Joe Biden, em 25 de janeiro de 2021. Entretanto, foi um dos doze soldados removidos por "ligação a 'grupos de milícias de direita'" e/ou por "publicar opiniões extremistas online".
Convenceu Trump a perdoar acusados de crimes de guerra. Em 2019, vários soldados americanos estavam sendo julgados por crimes de guerra: eles eram responsáveis por atirar indiscriminadamente em civis, bater em uma menina e uma idosa, e por esfaquear até a morte um adolescente envolvido com o Estado Islâmico, enquanto recebia atendimento médico após ele ser capturado. Trump anistiou três deles, após Hegseth ter várias reuniões para tentar convencê-lo.
Apoio a Israel. Em discurso no Conselho Nacional de Jovem Israel, disse que "o sionismo e o americanismo são as linhas de frente da civilização ocidental e da liberdade em nosso mundo nesta sexta-feira (15)", e que o povo de Israel é "escolhido por Deus".
Relacionado a causas de veteranos. Hegseth era o diretor-executivo da ONG Vets For Freedom (Veteranos Pela Liberdade) e da associação Veteranos Preocupados Pela América.