Cinco influenciadores de Maceió, envolvidos na Operação Game Over, tiveram seus bens devolvidos, incluindo carros de luxo, dinheiro e uma lancha, após firmarem um acordo de colaboração premiada. Parte do patrimônio desses influenciadores foi destinado à criação de um fundo de ressarcimento às vítimas, com valor superior a R$ 1 milhão.

Nessa sexta-feira (18), a Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) anunciou o encerramento das investigações da Operação Game Over.

Entre os mais recentes acordos homologados estão os de Ana Paula Ferreira da Silva e Ygor Yuri Ferreira de Oliveira, que chegaram a ser presos durante o inquérito.

O casal deve destinar pouco mais de R$ 423 mil ao fundo de compensação às vítimas e bancar a construção da sede da Delegacia de Estelionatos, crime que eles confessaram.

Conforme apuração da Gazetaweb, o casal deixou um imóvel avaliado em R$ 1 milhão como garantia para o pagamento dos valores. O imóvel seria financiado e só teria R$ 180 mil efetivamente quitados. Eles têm 90 dias para pagar os valores e não perder o bem.

Para o fim do inquérito, os influenciadores confessaram os crimes investigados e, em troca de não serem denunciados pelo Ministério Público, comprometeram-se a auxiliar nas investigações e a renunciar parte do patrimônio adquirido por meio de atividades ilícitas.

Os influenciadores estavam sob investigação desde junho, quando uma operação resultou na apreensão de diversos bens, como veículos, imóveis de luxo e valores em contas bancárias, considerados frutos das atividades ilegais.

A Polícia Civil desvendou um esquema que promovia jogos de forma ilegal por meio de plataformas digitais. Os influenciadores utilizavam de sua popularidade para atrair seguidores a participar nos jogos, que eram operados de forma clandestina.

Os influenciadores utilizavam contas DEMO, manipuladas para enganar as pessoas que jogavam, uma vez que acreditavam que esses blogueiros jogavam e obtinham os ganhos que compartilhavam em suas redes sociais.

Após a recuperação dos bens, alguns influenciadores compartilharam sua satisfação nas redes sociais, celebrando a devolução de veículos. Entretanto, não forneceram detalhes sobre os termos do acordo.

A restituição às vítimas será feita dentro do processo. O dinheiro está depositado judicialmente, e, no processo, as vítimas vão se habilitando e trazendo os comprovantes dos prejuízos, para fazer uma liquidação, e, à medida que forem fazendo a liquidação, vão recebendo o dinheiro.

Na visão da Polícia, a colaboração premiada foi um instrumento eficaz na resolução do caso, já que propõe uma solução mais rápida e com reparação mais célere às vítimas.