Na corrida contra o tempo, para corrigir um déficit de décadas, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), lançou, no final de 2021, o Vem Que Dá Tempo (VQDT), um programa pensado para trazer aquele cidadão que está fora da escola há um tempo e que precisa concluir o ensino fundamental. De lá para cá, mais de 80 mil alagoanos já foram beneficiados diretamente com a iniciativa.

De acordo com a gerente especial de Fortalecimento da Educação de Jovens e Adultos da Seduc, Dirlene Monte, a criação do programa tem dois objetivos: atender àquele cidadão que, mesmo com o passar do tempo, ainda tem interesse em concluir o ensino fundamental, mas não tem como voltar à sala de aula; e aumentar o índice de escolaridade dos alagoanos com relação ao PIB do Estado, reduzindo o déficit nos dados da educação com relação à qualidade e ao tempo de escolarização do cidadão. E os números comprovam a aceitação e superação das expectativas.

“O programa superou as expectativas e a gente também deve isso muito, mas muito mesmo, às equipes das Gerências Especiais de Educação (GEEs) e das escolas, dos bolsistas, com o trabalho de busca ativa que eles vêm fazendo. A gente vem coordenando, acompanhando esse trabalho, mas é um trabalho de formiguinha mesmo, de bater de porta em porta, de ir à feira, na igreja, no supermercado e na associação. E esse trabalho quem faz é o bolsista do polo, bolsista da escola. A gente deve a esses grupos, a essas equipes das escolas, esta aceitação e sucesso do programa”, avaliou.

A gerente explicou ainda que números são positivos em todos os sentidos, desde a participação, aprovação e pagamento de bolsas aos cidadãos certificados, até o trabalho e pagamento efetuado aos bolsistas professores engajados, considerando alta a expectativa para a continuidade do programa.

“O nosso desejo é continuar trazendo esse cidadão que está em casa de volta à escola, ao convívio social. Muitas vezes, temos idosos que estavam em casa cuidando dos netos e da casa, e que, quando voltam para a escola, voltam a ter vida social, ter amigos para conversar. Eles também passam a ser exemplos dentro da escola, para os meninos do diurno, que veem os mais velhos, que muitas vezes são seus avós, pais ou tios, retornando à escola. São exemplos dentro da escola, em casa e para a própria família”, pontuou.