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Ex-BBB, advogada de Deolane é indiciada por esquema de R$ 2,5 bilhões

Investigação aponta que Adélia Soares criou empresa de fachada e transferiu quantias à China

Por CNN Brasil 13/09/2024 12h12
Ex-BBB, advogada de Deolane é indiciada por esquema de R$ 2,5 bilhões
As advogadas Adélia Soares e Deolane Bezerra. - Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal indiciou a advogada Adélia Soares pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa.

Ela é defensora da influenciadora Deolane Bezerra, que está presa por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais que teria movimentado R$ 2,2 bilhões.

A CNN teve acesso ao inquérito, com 68 páginas. Segundo a investigação da Delegacia do Lago Norte de Brasília, Adélia abriu uma empresa para lavar dinheiro de jogos de apostas e se associou a chineses para enviar quantias volumosas de dinheiro para o exterior.

A análise da polícia pelas movimentações financeiras da principal empresa investigada é que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 2,5 bilhões, sem anuência do Banco Central.

Segundo a polícia, esse esquema apontado, porém, não tem ligação direta com Deolane Bezerra.

Adélia ficou conhecida nacionalmente após participar do reality show Big Brother Brasil, na 16ª edição, tendo sido a sexta eliminada em um paredão triplo, ao lado de Munik e Ronan.

O esquema

A polícia diz que os elementos da investigação demonstraram que criminosos chineses enviaram emissários ao Brasil para ‘operacionalizar’ cassinos ilegais. Esses chineses abriram diversas empresas de fachada com a cooptação da advogada Adélia Soares. Uma delas, a Anspacepay, de pagamentos.

A PCDF também cita a empresa de pagamentos PlayFlow em nome de Adélia para recebimentos de pagamentos.

“Com referidas empresas e pela cooperação da Anspacepay e outras instituições de pagamento, abriram contas para receber dinheiro por meio de acesso indireto ao sistema pix”, diz o relatório policial.

Segundo a investigação, os valores recebidos dessas apostas eram depois remetidos ao exterior por operações de câmbio fraudulentas (eFX).

A apuração então constatou que a abertura de empresas de fachada que passaram a funcionar como instituições de pagamento controladas por estrangeiros de pagamento nacionais que funcionavam sem autorização do Banco Central, “instrumentalizando o acesso indireto das empresas de fachada ao sistema pix”.

Investigadores ouvidos pela CNN dizem que houve também uso de CPF de pessoas mortas para remessas das apostas ao exterior via empresa Anspacepay.

A reportagem procurou a defesa da indiciada e aguarda retorno.