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Suspeito de matar empresário usou dinheiro da vítima para “tigrinho”

Ele foi preso nesta quarta-feira (04) depois de gastar cerca de R$ 1 mil nos cartões de crédito da vítima

Por Gazetaweb 05/09/2024 08h08
Suspeito de matar empresário usou dinheiro da vítima para “tigrinho”
Suspeito de matar empresário usou dinheiro da vítima para “tigrinho”. - Foto: Reprodução

O ex-funcionário Gilvanio dos Santos Souza, suspeito de assassinar o empresário Mário Martello Júnior, de 68 anos, usou boa parte do valor extraído do cartão da vítima para apostar no “jogo do tigrinho”, segundo o delegado Bruno Abreu, nesta quarta-feira (04). O caso ocorreu em Cuiabá (MT), e até o momento, o suspeito foi autuado pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.

“Ele pegou o cartão da vítima e o celular para tentar pedir dinheiro a amigos e parentes, e usou o cartão em uma maquininha de débito da ex-companheira. Ele teria utilizado cerca de R$1.050 na maquininha e usou o dinheiro para o jogo do tigrinho”, relatou o delegado.

Gilvanio havia pedido desligamento da empresa de reciclagem da qual Mário era proprietário, na última sexta-feira (30). Ele teria voltado ao local no sábado (31), para cobrar alguns direitos trabalhistas que o empresário lhe devia. Nesse momento, eles teriam entrado em luta corporal.

De acordo com o delegado, o suspeito levou o cartão do empresário e alguns pertences, após matar o ex-patrão. Seguidamente, usou o cartão de uma ex-companheira do empresário para realizar um saque de mais de R$1 mil. O suspeito também tentou aplicar golpes virtuais nos familiares e amigos da vítima, além de ter utilizado todo o dinheiro em site de jogos de apostas, conhecido como “jogo do tigrinho”.

Depois de preso, o acusado confessou o crime, alegou que apenas agrediu a vítima, sem a intenção de matá-la. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá tem a convicção de que o suspeito premeditou o latrocínio.

As lesões provocadas chegaram a quebrar os ossos do crânio do empresário. Conforme o delegado, a conduta do rapaz é dissimulada.

“Ele é um pouco dissimulado. Está tentando jogar um crime de lesão corporal seguida de morte, que é diferente de um crime de latrocínio. Mas a perícia vai comprovar que foram efetuados diversos golpes na parte de trás da cabeça da vítima, quebrando os ossos do crânio dele. Nenhuma pancada originada pelo próprio peso teria força para causar essas lesões”, falou o delegado.

O caso


Mário Martello Júnior era proprietário de uma empresa de reciclagem, e estava dado como desaparecido desde o último sábado (31), após não comparecer em um almoço marcado pela família. A Polícia Civil localizou o corpo do empresário nesta última terça-feira (3/09) sob entulhos da empresa na qual era dono, no Distrito Industrial, em Cuiabá (MT).

Gilvanio foi localizado e preso no dia seguinte. A ex-mulher dele também foi detida pelo crime de receptação, mas posteriormente foi liberada.