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Sem novos focos, incêndios em SP têm 3 presos e 48 cidades em alerta
Governo vai manter gabinete de crise em Ribeirão Preto. Até agora, três foram presos acusadas de provocar queimadas
O número de cidades atingidas por incêndios criminosos no interior paulista. subiu de 46 para 48, de acordo com o último balanço divulgado pelo governo de São Paulo, na noite desse domingo (25). O gabinete de crise montado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em Ribeirão Preto, na região mais castigada pelas queimadas, será mantido esta semana.
Na manhã desta segunda-feira (26), Tarcísio informou que, até agora, três pessoas foram presas acusadas de provocar incêndios no interior. Um deles foi detido na região de São José do Rio Preto e outro na cidade de Batatais, região de Ribeirão. Não há mais focos de incêndio ativos no momento, segundo a Defesa Civil Estadual.
“Ontem (24), tivemos um criminoso preso na região de Rio Preto, ateando fogo de forma criminosa. Agora, uma pessoa em Batatais que já tinha passagem pela polícia, utilizando gasolina”, afirmou o governador em coletiva de imprensa no domingo.
O homem preso em Batatais é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e chegou a gravar vídeo comemorando a ação criminosa, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
A PM prendeu Alessandro Arantes, de 42 anos, no momento em que ateava fogo em uma área de mata em Batatais, na região de Franca. Segundo a polícia, uma equipe do 15º Batalhão foi acionada por moradores, que viram a ação do criminoso e fizeram a denúncia.
Os policiais militares chegaram ao local quando o fogo já se alastrava pela mata. Arantes ainda tentou escapar, mas acabou detido durante a fuga.
Logo após a prisão, o homem preso em flagrante disse que faz parte do PCC e teria mostrado um vídeo em que comemorava o fato de atear fogo na mata. Segundo a polícia, Arantes tem passagens por roubo, furto, homicídio e posse de droga.
Causas dos incêndios
Segundo Tarcísio, são três os fatores que levaram aos incêndios que deixaram 48 cidades em alerta máximo e o estado em situação de emergência. O primeiro, são as condições climáticas. “Ventos fortes, baixíssima umidade relativa do ar, estiagem prolongada e muito calor. Então, qualquer coisa gerava uma ignição. Qualquer coisa, um caco de vidro, um alumínio que pode provocar ignição e começar esses incêndios”, disse.
O governo federal, por meio das Forças Armadas, enviou sete aeronaves, incluindo um KC-390, para ajudar no combate às queimadas. Também estão em operação outras dez aeronaves da Polícia Militar, além de 614 viaturas do Corpo de Bombeiros e 1.936 caminhões-pipa, entre mais de 3 mil veículos empregados na operação, contando equipamentos do estado e fornecidos por empresas da região.
Dois mortos
Na sexta-feira (23), dois funcionários de uma usina morreram após tentarem combater um incêndio em Urupês, no interior de São Paulo, segundo a Defesa Civil.
De acordo com a SSP, as vítimas, de 30 e 48 anos, estavam em um caminhão tentando apagar um foco de incêndio em uma área de pasto, quando o motorista perdeu o controle, ocasionando o vazamento de combustível que resultou no incêndio do veículo.
Os dois trabalhavam como brigadistas na usina.