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Saiba como formalizar em cartório desejo de doar orgãos
Em Alagoas, existem 106 cartórios de notas.
Em Alagoas, 40 pessoas já assinaram em cartório desejo de doar órgãos
Estado de Alagoas registrou, este ano, aumento de 100% nas autorizações para doações de órgãos - Foto: Assessoria
Em Alagoas, cerca de 40 pessoas manifestaram, em cartório, a vontade de doar órgãos depois de falecidas. A medida passou a ser possível desde abril deste ano, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os cartórios lançaram a campanha e o sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos.
A campanha “Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém” foi lançada pelo presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, e pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. A iniciativa também marca a regulamentação do sistema de Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Desde então, doar órgãos está mais fácil, rápido e seguro.
Quem desejar doar seus órgãos poderá manifestar e formalizar a sua vontade por meio de um documento oficial, feito digitalmente em qualquer um dos 8.344 cartórios de notas do Brasil. Em Alagoas, existem 106 cartórios de notas.
A estudante Layla Vitorino foi uma dessas pessoas. Ela sempre quis ser doadora de órgãos e não pensou duas vezes quando soube da novidade. “Percebi a praticidade e a possibilidade de manifestar essa minha vontade de ajudar as pessoas, doando órgãos”, contou.
Quando mais alagoanos fizerem o mesmo, estarão garantindo vida a pessoas como o servidor público estadual Jackson Filipe da Silva Santos, 32 anos de idade, morador do povoado de Tuquanduba, no município de Marechal Deodoro, no litoral Sul alagoano. Ele é um dos quatro alagoanos que espera na fila por um transplante de fígado. Devido à gravidade do caso, ele é o primeiro da lista.
“Há cinco anos venho tratando uma hepatite autoimune. O diagnóstico veio como um choque. Até então, naquele momento eu desconhecia sobre o assunto. Nunca tinha ouvido falar. E claro, eu tinha esperança de ficar curado. Foram 23 dias de internação até eu receber o diagnóstico completo”, recordou o paciente que faz acompanhamento com hepatologista no Hospital Universitário.
Segundo Jackson Filipe, em maio do ano passado, ao realizar alguns exames de rotina foi, mais uma vez, surpreendido pela doença que evoluiu para um quadro de ascite [acumulo de líquido dentro do abdômen geralmente decorrente do quadro de hipertensão podendo ou não estar relacionado à cirrose hepática, além de outras doenças cardíacas ou renais], junto com cirrose hepática.
*Com Tribuna Hoje