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Casal sofre golpe e descobre novo golpe que envolve compras online

Outros 21 casais registraram boletim de ocorrência contra a mesma empresa por golpe

Por G1 13/08/2024 08h08
Casal sofre golpe e descobre novo golpe que envolve compras online
Além de Danila e o noivo, outros cinco casais que se casariam neste final de semana tiveram as festas canceladas. - Foto: Arquivo Pessoal

A estudante Danila de Lima, de 29 anos, descobriu quase 24 horas antes do casamento que a festa, marcada para o sábado (10), não iria acontecer. Isso por que a agência de eventos Filia, contratada para realizar o evento, não efetuou o pagamento dos fornecedores.

Diante da situação, familiares e amigos do casal se mobilizaram para organizar uma nova festa, que aconteceu neste final de semana em Campo Mourão, no noroeste do Paraná.

Na manhã desta segunda-feira (12), 21 casais que fecharam contrato com a empresa registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Estelionatos em Maringá, no norte do estado.

Além de Danila e o noivo, outros cinco casais que se casariam neste final de semana tiveram as festas canceladas.


Nas redes sociais, a empresa informou que se mudou da cidade após sofrer ameaças. Pediu também que os clientes procurem o departamento jurídico da empresa. O g1 tenta contato com a agência.

De acordo com o delegado Fernando Garbelini, responsável pelo caso, as denúncias serão investigadas.

“A partir do momento que tem má-fé, que tem a intenção direcionada a obter um ganho ilícito, a partir daí tem um estelionato. Então, a nossa investigação vai visar justamente isso daí. Um simples descumprimento contratual não é crime, mas obter um ganho enganando as pessoas, aí sim existe um crime”, disse.

Um grupo foi criado em um aplicativo de mensagens para reunir outras pessoas que fecharam contrato com a empresa e, até a última atualização desta reportagem, contava com mais de 200 participantes.

Entre os membros, está a estudante Bruna Gabriela Ferreira, que vai casar em 2026 e fechou um contrato de R$ 20 mil para a empresa organizar a festa.

“Passamos R$ 6 mil no cartão de crédito e aí ficou mais 18 parcelas. A gente pagou sete parcelas já, deu mais de R$ 11 mil”, conta.

Segundo Bruna, no domingo (11), a responsável pela empresa bloqueou todos os clientes e saiu dos grupos. Em seguida, retornou aos grupos, mandou uma mensagem automática para rescisão dos contratos, mas não responde mais aos clientes.

De acordo com a polícia, a recomendação é que as vítimas registrem boletim de ocorrência e apresentem contrato e comprovantes de pagamento realizados, para que a investigação de todos os casos seja feita de forma conjunta.