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TJ-AL mantém afastamento de juíza responsável por caso da Usina Laginha e abre processo disciplinar

Emanuela Bianca de Oliveira Porangaba está afastada da 21ª Vara Cível da Capital desde junho, quando se tornou suspeita de de favorecer escritório de advocacia.

Por Redação com g1 09/08/2024 08h08 - Atualizado em 09/08/2024 08h08
TJ-AL mantém afastamento de juíza responsável por caso da Usina Laginha e abre processo disciplinar
Juíza Emanuela Porangaba, titular da 21ª Vara Cível de Maceió - Foto: Caio Loureiro/ Ascom TJ-AL

O Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) decidiu, por unanimidade de votos, instaurar procedimento administrativo disciplinar contra a juíza Emanuela Bianca de Oliveira Porangaba e manteve ela afastada das funções na 21ª Vara Cível da Capital. A decisão foi tomada em sessão na terça-feira (6).

Emanuela Porangaba está afastada desde junho, quando se tornou suspeita de ter favorecido escritório de advocacia com decisões judiciais quando atuou como juíza substituta em Maceió e no interior, em 2022 e 2023.

O afastamento cautelar foi determinado pelo corregedor-geral de Justiça de Alagoas, desembargador Domingos de Araújo Lima Neto, após serem identificados indícios de que a juíza desconsiderou inconsistências em documentos processuais, como erros de endereço em petições iniciais, e direcionamento de processos para unidades onde atuava como substituta para beneficiar um escritório de advocacia.

Outros indícios de irregularidades são ter autorizado transferências de titularidade de veículos sem a devida comprovação documental, utilizar o plantão judicial para atender pedidos de urgência em situações que não eram emergenciais, e não utilizar o sistema Renajud, recomendado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para garantir transparência e segurança em processos de bloqueio e transferência de veículos.

O processo disciplinar vai analisar indícios e provas reunidos na investigação preliminar e ouvir a defesa da juíza.