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Adolescentes tentaram vender a R$ 10 fotos pornográficas que eles manipularam com IA; alunas de colégio em Maceió eram vítimas
Ao menos 12 estudantes buscaram a delegacia para registrar Boletins de Ocorrência, afirmando serem vítimas da ação
Sete adolescentes, alvos de uma investigação da Polícia Civil de Alagoas, tentaram vender imagens pornográficas que eles mesmos manipularam com Inteligência Artificial. As informações são do órgão investigador. A venda seria de R$ 10 por imagem. Os alvos da ação criminosa eram alunas de uma escola particular em Maceió e colegas dos suspeitos.
Os adolescentes foram indicados a autoria de atos infracionais e responderão pelos crimes de difamação em rede social, montagem e disseminação de imagens pornográficas envolvendo adolescentes e ainda associação criminosa porque, segundo o delegado do caso, Daniel Mayer, eles agiram reiteradamente.
“Eles se reuniram, em um grupo de 7 adolescentes, conectados com um fim específico de montar essas fotografias pornográficas e divulgar em redes sociais, tentando vender as fotos e, adianto, a custo de R$ 10 reais”, afirma a autoridade policial em entrevista à imprensa.
Segundo Mayer, eles desistiram de comercializar o conteúdo após terem conhecimento de que a Polícia Civil começou a investigar o caso. “A entrada da Polícia cessou tudo e inibiu não só a repostagem dessas fotos, como a cobrança desse valor”, garante o investigador.
Além disso, o delegado afirma que eles pararam de realizar as montagens e divulgação em março deste ano após o início da investigação.
Ainda de acordo com o delegado, ao menos 12 estudantes buscaram a delegacia para registrar Boletins de Ocorrência, afirmando serem vítimas da ação dos adolescentes.
“A Polícia estabeleceu critérios e fronteiras sobre a atuação desses jovens e conseguiu chegar num núcleo de adolescentes que iniciou, tanto essa falsificação de imagens, como disseminação dessas fotografias, falsificadas, montadas, desse núcleo que articulou tudo isso. Conseguimos delimitar o número de 7 adolescentes como autores”, afirma Daniel Mayer.