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Adolescentes tentaram vender a R$ 10 fotos pornográficas que eles manipularam com IA; alunas de colégio em Maceió eram vítimas

Ao menos 12 estudantes buscaram a delegacia para registrar Boletins de Ocorrência, afirmando serem vítimas da ação

Por Gazetaweb 24/07/2024 08h08 - Atualizado em 24/07/2024 09h09
Adolescentes tentaram vender a R$ 10 fotos pornográficas que eles manipularam com IA; alunas de colégio em Maceió eram vítimas
Polícia Civil de Alagoas - Foto: Reprodução

Sete adolescentes, alvos de uma investigação da Polícia Civil de Alagoas, tentaram vender imagens pornográficas que eles mesmos manipularam com Inteligência Artificial. As informações são do órgão investigador. A venda seria de R$ 10 por imagem. Os alvos da ação criminosa eram alunas de uma escola particular em Maceió e colegas dos suspeitos.

Os adolescentes foram indicados a autoria de atos infracionais e responderão pelos crimes de difamação em rede social, montagem e disseminação de imagens pornográficas envolvendo adolescentes e ainda associação criminosa porque, segundo o delegado do caso, Daniel Mayer, eles agiram reiteradamente.

“Eles se reuniram, em um grupo de 7 adolescentes, conectados com um fim específico de montar essas fotografias pornográficas e divulgar em redes sociais, tentando vender as fotos e, adianto, a custo de R$ 10 reais”, afirma a autoridade policial em entrevista à imprensa.

Segundo Mayer, eles desistiram de comercializar o conteúdo após terem conhecimento de que a Polícia Civil começou a investigar o caso. “A entrada da Polícia cessou tudo e inibiu não só a repostagem dessas fotos, como a cobrança desse valor”, garante o investigador.

Além disso, o delegado afirma que eles pararam de realizar as montagens e divulgação em março deste ano após o início da investigação.

Ainda de acordo com o delegado, ao menos 12 estudantes buscaram a delegacia para registrar Boletins de Ocorrência, afirmando serem vítimas da ação dos adolescentes.

“A Polícia estabeleceu critérios e fronteiras sobre a atuação desses jovens e conseguiu chegar num núcleo de adolescentes que iniciou, tanto essa falsificação de imagens, como disseminação dessas fotografias, falsificadas, montadas, desse núcleo que articulou tudo isso. Conseguimos delimitar o número de 7 adolescentes como autores”, afirma Daniel Mayer.