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Febre de Oropouche: Saiba o que é, como prevenir, diagnosticar e tratar
Doença está na lista de notificação compulsória devido ao potencial epidêmico
Apesar de ter sido diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 1960, a Febre Oropouche ainda é pouco conhecida em Alagoas, uma vez que o primeiro caso no estado foi registrado esta semana. Mas o que é esta doença, como preveni-la e como ocorre a transmissão, o diagnosticá-la e o tratamento?
Segundo a gerente estadual de vigilância e controle das doenças transmissíveis, Waldnéa Silva, que atua na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a Febre Oropouche é causada por um arbovírus Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. A transmissão ocorre por mosquitos infectados, depois que eles picam uma pessoa ou animal infectados e se contaminam.
Waldnéa Silva salienta que a Febre Oropouche tem sintomas parecidos aos da dengue e chikungunya. “É necessário à população ficar atenta aos sinais para todas as arboviroses, que são febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e articular. Outros sintomas como tontura, dor retro ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também podem ser apresentados”, explicou.
Para prevenir a doença, a gerente estadual de vigilância e controle das doenças transmissíveis destaca que é necessário seguir as mesmas medidas relacionadas à dengue. "Além de manter a casa limpa, é necessário remover os possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, usar roupas que cubram a maior parte do corpo, aplicar repelente nas áreas expostas da pele e evitar áreas com grande circulação de mosquitos", enumerou.
Quanto ao diagnóstico, como os sintomas se assemelham aos da dengue, o paciente com suspeita da Febre Oropouche deve procurar uma unidade de saúde mais próxima de sua residência. Caso o profissional médico verifique que os sintomas se enquadram nas arboviroses, podendo ser dengue, zika ou chikungunya, será realizado exame para fechar o diagnóstico.
Com relação ao tratamento,Waldnéa Silva esclareceu que, segundo o Ministério da Saúde (MS) “não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico, assim como ocorre com a dengue, zika e chikungunya”, sentenciou.
*Com Agência Alagoas