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Um negro corre 23,7 vezes mais riscos de ser morto em Alagoas do que um branco

Por Ricardo Mota 24/06/2024 11h11
Um negro corre 23,7 vezes mais riscos de ser morto em Alagoas do que um branco
Um negro corre 23,7 vezes mais riscos de ser morto em Alagoas do que um branco - Foto: Reprodução

Segundo o Atlas da Violência, divulgado pelo IPEA na semana passada, um negro em Alagoas corre 23,7 vezes mais riscos de ser vítima de violência mortal – ser assassinado – do que uma pessoa não negra.

O dado é estarrecedor e revela muito do que somos e o que vivemos como sociedade, ainda nos tempos de hoje.

Isso vai muito além do Estado, é verdade, mas não exime os três poderes de responsabilidade pelo extermínio da população negra.

Basta ver o tamanho da representação de negros e negras nas instâncias de poder local - mínima, quase imperceptível.

Devemos lembrar, sempre, que a economia de Alagoas foi erguida em meio à escravidão, com a violência mais cruel se abatendo sobre os negros e negras, que continuam sendo vítima do preconceito, que leva à mais covarde atrocidade.

Estatística vergonhosa


O segundo estado do país nessa estatística vergonhosa é o Amapá, onde os negros tem 9,8 vezes mais de risco de serem assinado do que os brancos (e não negros, de forma geral).

No Brasil, segundo o IPEA, os riscos de uma pessoa negra ser vítima de violência é 2,8 vezes mais do que para um não negro.