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Chuvas no RS devem causar alta de preços de alimentos, diz Fecomercio

Há o risco de perda de produtos e impacto no transporte de mercadorias.

08/05/2024 23h11
Chuvas no RS devem causar alta de preços de alimentos, diz Fecomercio
Chuvas no RS devem causar alta de preços de alimentos, diz Fecomercio. - Foto: © Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o final de
abril devem levar a uma alta dos preços dos alimentos, prevê a Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(Fecomercio-SP). Segundo a entidade, há o risco tanto de perda de
produtos como também impactos no transporte de mercadorias.


Entre os produtos que devem ter os preços afetados estão, de acordo
com a Fecomercio, os derivados de leite e o arroz. “O Rio Grande do Sul é
o maior produtor de arroz do país, e embora pouco mais de 80% da safra
tenha sido colhida, ainda não dá para saber se os estoques foram
atingidos ou quanto da parcela restante foi perdida”, diz a nota da
federação.


Os alagamentos e os danos à infraestrutura do estado podem, segundo a
entidade, afetar a logística do transporte de arroz e de frutas
tradicionais da região, como uva, pêssego e maçã.


“A criação de gado para produção de leite, que deve ser impactada com
a perda de vacas e pasto, além da ingestão, por esses animais, de água
sem qualidade, em razão das condições atuais do local”, acrescenta a
análise divulgada pela federação.


Apesar de enfatizar os problemas que devem afetar o abastecimentos de
alimentos, a Fecomercio estima danos sistêmicos causados pelas chuvas.
“A tragédia de Brumadinho, menor e mais localizada, provocou uma queda
de 0,2% no Produto Interno do Brasileiro (PIB, soma de bens e de
serviços produzidos no país) em 2019, mais de R$ 20 bilhões em valores
atuais. No Rio Grande do Sul, é muito provável, infelizmente, que os
danos causados tenham impacto ainda maior para o PIB nacional”,
comparou.


A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já contabilizou 100 mortes
causadas pelas chuvas. Segundo o órgão, as inundações, deslizamentos e
desmoronamentos afetam cerca de 1,45 milhão de pessoas em 417
municípios. Ficaram desabrigadas, 66,7 mil pessoas.










FONTE: Agência Brasil