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Brasil pode bater recorde e ter 4,2 milhões de casos de dengue em 2024
"Nós nunca chegamos a esse número. Por isso, a preocupação", explicou, nesta sexta (9/2), Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde.
O Ministério da Saúde (MS) estima que o Brasil pode registrar, apenas em 2024, até 4,2 milhões de casos de dengue. Esse número estabeleceria um recorde de infectados pela doença na história do país. Apenas nestes dois primeiros meses do ano, a pasta contabiliza 395.103 casos prováveis.
“A estimativa do Ministério da Saúde é que a gente chegue a 4,2 milhões de casos. Nós nunca chegamos a esse número. Por isso, a preocupação e também pela pressão que isso pode acontecer no serviço de saúde”, explicou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde.
“Nós estamos vendo uma antecipação dos casos que nós ainda não tínhamos visto nas últimas epidemias de dengue. Em geral, há um crescimento de casos no final de março e começo de abril. Nós começamos a ver o crescimento dos casos [neste ano] já em janeiro”, prosseguiu.
A vacinação contra a dengue pelo SUS começou na última semana, mas será restrita devido à baixa quantidade de doses. Na primeira remessa, foram distribuídas 752.184 doses (confira a distribuição por município abaixo). O Ministério da Saúde afirmou que espera fazer a cobertura total da vacina contra a dengue nos 521 municípios, do público-alvo (crianças de 10 a 11 anos), até fim de março.
Para a secretária, o início da campanha de vacinação contra a doença é “uma vitória da ciência”. “Nós, que trabalhamos com a doenças infecciosas, estamos celebrando muito esse dia, com a primeira dose da vacina em um sistema público do mundo”, afirmou.
Ethel Maciel reforça que o cronograma deve ser seguido à risca devido ao número de doses, que, segundo ela, são “contadas”. “Porque se fizermos qualquer coisa fora do que está planejado, isso pode causar um problema em toda nossa operação”.
Além de ter uma população acima de 100 mil habitantes, um dos critérios para definir a prioridade dos municípios — que vão receber um número maior de doses e têm prioridade na lista — foi a elevada circulação do sorotipo 2, capaz de causar doença mais grave.
O primeiro lote já foi enviado ao Distrito Federal e Goiás, nessa quinta-feira (8/2). Nesta sexta (9/2), a capital federal iniciou a campanha de vacinação entre pessoas do grupo prioritário.
Fonte: Metrópole