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Projeto Sertão Vivo vai beneficiar 38 mil famílias alagoanas

Ao lado do presidente Lula, governador Paulo Dantas participou do lançamento do projeto em Brasília

Por Agência Alagoas 24/10/2023 19h07
Projeto Sertão Vivo vai beneficiar 38 mil famílias alagoanas
Paulo esteve com o presidente Lula e os demais governadores do Nordeste; projeto vai investir R$ 150 milhões em Alagoas - Foto: Ricardo Stuckert

O governador Paulo Dantas participou nesta terça-feira (24), no
Palácio do Planalto, em Brasília, do lançamento do “Sertão Vivo,
Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste”. Ao
lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos demais governadores
da região, ele acompanhou a apresentação do projeto que destinará R$ 150
milhões para 38 mil famílias de Alagoas. O presidente do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, fez o
detalhamento do projeto.

A iniciativa prevê a aplicação
de R$ 1,775 bilhão em todo o Nordeste e pretende apoiar a população
rural do semiárido, incluindo agricultores familiares, assentados da
reforma agrária e comunidades tradicionais. “O Governo Federal vai
trabalhar pelo semiárido nordestino financiando projetos que garantam
acesso à água, segurança alimentar e demais necessidades básicas da
população em meio às temporadas de seca e chuva ou eventos climáticos
extremos”, disse o governador.

Alagoas está habilitada no
edital Sertão Vivo do BNDES, que vai beneficiar 38 mil famílias em 27
municípios do semiárido alagoano, em um prazo de quatro anos.
Foram contemplados Água Branca, Batalha, Belo Monte, Canapi, Carneiros,
Coité do Noia, Craíbas, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Girau do
Ponciano, Igaci, Inhapi, Jacaré dos Homens, Major Izidoro, Maravilha,
Mata Grande, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho D’Água do Casado,
Olivença, Ouro Branco, Pão de Açúcar, Pariconha, Poço das Trincheiras,
São José da Tapera, Senador Rui Palmeira e Traipu.

FORTALECIMENTO

Mercadante,
afirmou que o Sertão Vivo é estratégico para o Brasil e para a melhoria
das condições de vida da população. “Esse não é apenas um projeto
social, mas um campo de pesquisa para o futuro, com tecnologia social,
experiência de acúmulo de água e variedade de produção”, afirmou.

“O BNDES já liberou na atual gestão para a economia nordestina R$ 7,2
bilhões e temos R$ 5,3 bilhões aprovados, vamos financiar R$ 25 bilhões
na infraestrutura do Nordeste, com mobilidade, saneamento, portos e
aeroportos, R$ 17 bilhões em energia e parabenizamos o Consórcio
Nordeste pela qualidade dos projetos e vamos fazer história no
enfrentamento ao aquecimento global e no combate à fome”, comentou.

A expectativa é de que o programa transforme o semiárido nordestino em
referência para solução dos desafios impostos pelo aquecimento global.
Os agricultores familiares beneficiados deverão adotar princípios e
práticas que proporcionem acesso à água, aumentem a produtividade e a
segurança alimentar das famílias beneficiadas, ampliem a resiliência dos
sistemas de produção agrícola, restaurem ecossistemas degradados e
promovam a redução das emissões de gases do efeito estufa.

COMO SERÁ

Os recursos serão destinados pelo BNDES e o Fundo Internacional de
Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas (ONU). Dos R$ 150
milhões que serão repassados, R$ 126 milhões são recursos reembolsáveis
(financiamento) e R$ 24 milhões não reembolsáveis (doações). A
iniciativa irá beneficiar 38 mil famílias (cerca de 150 mil pessoas) em
situação de vulnerabilidade social no estado. A parte dos recursos a
ser financiada, que será contratada pelos governos estaduais, não
ocasiona ônus financeiro aos beneficiados, que irão receber o apoio
integralmente na forma não reembolsável.