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"Puxou meu short", diz jovem sobre PM suspeito de assassinar tia que a defendeu de assédio

A confusão terminou com a morte de Rosineide da Costa Silva, de 53 anos.

Por Reprodução com tnh1 09/10/2023 14h02 - Atualizado em 09/10/2023 14h02
'Puxou meu short', diz jovem sobre PM suspeito de assassinar tia que a defendeu de assédio
Soldado Wellington Pereira foi apontado como o autor dos disparos - Foto: Reprodução

A jovem de 21 anos, vítima de importunação sexual e sobrinha da mulher morta a tiros por reclamar de assédio, conversou com a TV Pajuçara e narrou os momentos de terror, após um policial militar sacar uma arma e efetuar mais de 10 disparos contra um grupo que festejava em uma casa no Residencial Jardim Royal, no Cidade Universitária, em Maceió, nesse domingo (08).

A confusão terminou com a morte de Rosineide da Costa Silva, de 53 anos. Ela foi morta depois de supostamente tentar parar o assédio praticado pelo soldado contra a sobrinha.

"A gente estava bebendo desde cedo, foi quando ele chegou, perguntou se tinha cerveja e fez uma cotinha [para comprar mais cerveja] . A partir desse momento ele já começou com liberdade, dizendo que queria ficar comigo e eu sempre falando que não. Tentava me agarrar, beijar a minha mão, até o momento que eu fui passar para ir ao banheiro e ele puxou meu short".

A jovem continuou dizendo que ela e a tia reclamaram da atitude ofensiva do PM, que respondeu atirando. "Coloquei ele no lugar dele e na hora que eu voltei [do banheiro ] minha tia já estava conversando com ele, chamando a atenção, mandando ele me respeitar e respeitar a casa dela", disse.

"Ele começou a se alterar para o lado dela. Estava ao lado dele, quando puxou a arma e atirou contra mim, contra meu primo e como a bala não pegou em nenhum de nós dois, ela [a tia ] estava na frente e ele descarregou o resto todo nela. Foram 11 tiros por aí, nela pegaram oito", relatou a jovem.

Em nota divulgada no final desta manhã, a Polícia Militar confirmou que o soldado apresentava sinais de embriaguez no momento da prisão em flagrante. O delegado Thiago Prado, da Delegacia de Homicídios e Proteção à pessoa (DHPP) informou que ele poderá responder também pelo crime de importunação sexual.