Os vereadores Alexsandro do Caruru e Edvaldo Barros, ambos da oposição em Santana do Mundaú, votaram contra a abertura de crédito adicional de R$ 200 mil para fomentar ações culturais no município, por meio da Lei Paulo Gustavo, uma legislação federal que destina recursos para o setor cultural em todo o país.

A votação, que ocorreu durante a sessão ordinária, foi aprovada por maioria, com 7 votos a favor e 2 contra, sendo os votos dos dois vereadores de oposição os únicos contrários à medida. A destinação dos recursos visava financiar eventos, cursos, oficinas e outras iniciativas que promovem a cultura local.

Logo após o encerramento da sessão, diversos representantes da categoria cultural manifestaram repúdio à votação dos vereadores de oposição. Um cantor local declarou: "Por pura perseguição política, esses dois vereadores de oposição votaram contra os fazedores de cultura do nosso município. Como representantes do povo, eles deveriam colocar os interesses da população em primeiro lugar, porém, agindo com egoísmo e falta de respeito, disseram não a esse importante socorro financeiro destinado ao nosso setor. Estamos revoltados com essa atitude".

A Lei Paulo Gustavo foi criada com o intuito de auxiliar o setor cultural em todo o Brasil, especialmente na retomada de suas atividades após os impactos da pandemia. No caso de Santana do Mundaú, a aprovação da abertura do crédito adicional era vista como um passo fundamental para a implementação de projetos culturais e a revitalização do cenário cultural local.

No entanto, a votação contrária dos vereadores de oposição colocou em risco a execução desses projetos e a recuperação do setor cultural do município.

ATUALIZAÇÃO - 19/09/2023 - 20:32

NOTA DE ESCLARECIMENTO
Vereador Edvaldo Barros

Na última sessão da Câmara de Santana do Mundaú, 18 de setembro, foi deliberado o projeto de Lei 04/2023, referente à crédito especial no orçamento vigente, para a manutenção da Lei Paulo Gustavo.

Votei contra o projeto de lei que autoriza o crédito especial ao orçamento vigente, pois neste mesmo orçamento já tem disponível R$ 738.066,00 destinado ao Departamento de Cultura.

Se estão pedindo esse crédito suplementar, como foram gastos esses mais de 738 mil com a cultura municipal? Por ora, a resposta que temos é: a não prestação de contas e a não divulgação no Portal da Transparência, ou seja, uma verdadeira bagunça administrativa.

Jamais votarei contra a cultura do nosso município, e foi justamente pela cultura da nossa terra, da nossa gente, que aprovei junto à LDO esses R$ 738.066,00.

Saliento, ainda, que grupos culturais e artistas da terra estiveram na Casa Legislativa por diversas vezes pedindo-nos apoio financeiro para traslados com a finalidade de se apresentarem em cidades circunvizinhas, haja vista não existir incetivos por parte do Departamento de Cultura do Município.