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Confira 5 possíveis falhas de segurança da empresa responsável pelo submarino Titan

Destroços do submersível Titan foram encontrados na quinta-feira (23) e indicam que a embarcação implodiu após perda de pressão na cabine

Por CNN Brasil 24/06/2023 09h09
Confira 5 possíveis falhas de segurança da empresa responsável pelo submarino Titan
Submarino Titan - Foto: Reprodução

Os destroços do submersível Titan – que estava desaparecido desde domingo (18) após iniciar uma expedição até os destroços do Titanic – foram encontrados na quinta-feira (23) e indicam que a embarcação implodiu após perda de pressão na cabine.

Embora não esteja claro o que causou a implosão, a OceanGate já havia recebido críticas sobre possíveis falhas de segurança. Confira cinco delas:

1. Fibras de carbono


A embarcação era composta de duas partes distintas: um casco feito de fibra de carbono, que deveria suportar a altíssima pressão existente a quatro quilômetros de profundidade no mar, e a cabine na qual ficam os passageiros. Na teoria, a cabine deveria estar protegida da pressão exercida pela água, pois esta seria suportada pelo casco.

2. Espessura do casco


Pelo menos dois ex-funcionários da OceanGate, anos atrás, separadamente, também expressaram preocupações de segurança sobre a espessura do casco do Titan.

David Lochridge trabalhou como contratado independente para a OceanGate em 2015, depois como funcionário entre 2016 e 2018, de acordo com documentos judiciais.

Ele disse que ficou preocupado quando o casco de fibra de carbono do Titan chegou, ecoando as preocupações de Lochridge sobre sua espessura.

O ex-funcionário afirmou que o casco foi construído com apenas pouco mais de 12 centímetros de espessura, enquanto ele disse que os engenheiros da empresa recomendaram cerca de 17 centímetros de espessura.

3. Sistema de monitoramento


Segundo o site da OceanGate, o Titan também possuía um “recurso de segurança incomparável” que monitorava a integridade do casco da embarcação durante cada mergulho.

Lochridge também questionou o sistema de monitoramento na embarcação, que serviria para detectar o início da quebra do casco. Seu processo judicial argumenta que “esse tipo de análise acústica só mostraria quando um componente está prestes a falhar — geralmente milissegundos antes de uma implosão — e não detectaria nenhuma falha existente antes de colocar pressão no casco”.

4. Falta de certificação


O submersível Titan não tinha certificação de nenhuma agência reguladora. Como o Titan estava mergulhando em águas internacionais, a embarcação parecia operar em uma lacuna regulatória.

5. Incidentes anteriores


Segundo registros judiciais, a OceanGate enfrentou uma série de problemas mecânicos e condições climáticas adversas que forçaram o cancelamento ou adiamento de viagens nos últimos anos.

Uma empresa de viagens com sede em Londres, Henry Cookson Adventures Ltd., acusou a OceanGate de não ter um “navio em condições de navegar” após ter fechado um acordo em 2016 para levar até nove passageiros ao Titanic em 2018.