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Irmãos de Ibateguara que sofreram graves queimaduras após explosão com pólvora continuam no HGE

Por redação 15/03/2023 08h08 - Atualizado em 15/03/2023 09h09
Irmãos de Ibateguara que sofreram graves queimaduras após explosão com pólvora continuam no HGE
. - Foto: Divulgação/HGE

Os dois irmãos de 13 e 14 anos que sofreram graves queimaduras após uma explosão por pólvora, em Ibateguara, no interior de Alagoas, estão fazendo recebendo tratamento especializado em queimaduras para tratar as lesões causadas pelo acidente. As crianças, que receberam os primeiros atendimentos ainda no local do acidente e foram transferidos para o Hospital Regional da Mata, em União dos Palmares, são assistidos pela equipe multidisciplinar do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Geral do Estado, no Trapiche.

O adolescente de 14 anos sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus em 28,5% do corpo, atingindo a face, pescoço, braços, pé esquerdo e nariz, enquanto o de 13 anos teve 52% do corpo ferido por queimaduras de segundo e terceiro graus, na face, pernas e braços.

“Eles estão recebendo os cuidados de vários médicos especialistas, como cirurgião plástico, cirurgião geral e clínico geral, E tendo a atenção da Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia, Serviço Social e Fonoaudiologia. O nosso objetivo é que todos os nossos pacientes restabeleçam a sua saúde e possam voltar para casa com o mínimo de sequelas possíveis, porém, é preciso que saibam que o caminho não é rápido e exige paciência”, disse a médica Edgleide Soares Castro, que ressaltou que o tratamento de queimadura é longo, doloroso, complexo e o risco de sequelas é grande.

A mãe das crianças conta que não tinha ideia do que acontecia. Ela lembra que estava em casa quando ouviu a explosão e partiu desesperada até os meninos. Ela chamou rapidamente uma ambulância, que os levou inicialmente até uma unidade de saúde do município.

“Eu já perguntei quem deu a pólvora, mas eles não falam até hoje. Só dizem que foi um homem que disse para eles terem cuidado. Queriam fazer uma bomba, como as que soltam no São João. Eu não sabia dessa ideia. Agora, eles sentem na pele a consequência de brincar com fogo, pois estão há um mês internados, sem poder voltar para casa, para a escola, para a diversão deles”, disse Elsa, que é viúva e trabalha na roça.

A mãe lembra que ainda que esteve no HGE quando estava grávida do menor de 13 anos, acompanhando o seu marido, que havia sido ferido por agressão por arma branca, onde foi bem assistido, e ressalta que seus filhos estão tendo acesso ao mesmo atendimento humanizado e eficiente da maior unidade hospitalar pública do Estado.

“Todos os profissionais sempre me comunicam o que estão fazendo, sobre a medicação que estão aplicando e me explicam quando tenho dúvidas. Por exemplo, o mais velho já fez o debridamento e eu já sei que o menor também irá fazer. Eu também tenho recebido suporte necessário para estar com eles. Agradeço a todos os envolvidos pelo que estão fazendo, sei que os meus filhos poderiam ter morrido se não encontrassem vocês”, disse Elsa.

*Com TNH1