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Ex-médico dá descarga em feto durante flagrante de aborto e é preso

Nelson Takara Uchimura está com o registro médico cassado desde 2004, segundo o Conselho Regional de Medicina de São Paulo

Por Metrópoles 10/02/2023 09h09
Ex-médico dá descarga em feto durante flagrante de aborto e é preso
. - Foto: Divulgação

Um ex-médico teria jogado parte de um feto no vaso sanitário e dado descarga ao ouvir policiais arrombando as portas de uma clínica clandestina de aborto, na manhã dessa quarta-feira (8/2), na zona leste da capital paulista.


Nelson Takara Uchimura, uma técnica em enfermagem e a mulher que pagou pelo procedimento ilegal, de 40 anos, foram presos em flagrante pelo crime de aborto.


O advogado de defesa do ex-médico, Gildásio Marques Vilarim Junior, foi procurado pelo Metrópoles, mas não se posicionou. Os defensores das duas mulheres não foram localizados até a publicação desta reportagem. O espaço segue à disposição.


Um vídeo feito pela polícia mostra investigadores da 5ª Delegacia Seccional de São Paulo arrombando a clínica, no sétimo andar de um prédio comercial.


Até chegar ao cômodo onde era feito o aborto, os investigadores precisaram arrombar duas portas. A clínica clandestina usava como fachada serviços de acupuntura.


A clínica é monitorado desde o início de janeiro, quando a 5ª Seccional recebeu uma denúncia sobre as atividades ilegais feitas no local. Ao verificar que o local era muito frequentado, a polícia solicitou um mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça e cumprido nessa quarta.


Flagrante



Assim que os policiais chegaram, o procedimento clandestino havia acabado de ser feito, conforme afirmou ao Metrópoles o delegado Milton Burgese, da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).


“Ele [ex-médico] ouviu os policiais arrombando as portas e deu descarga no feto, que havia sido retirado parcialmente da paciente.”


Burgese afirmou ainda que a gestante precisou ser levada ao hospital. Na unidade de saúde, o restante do feto foi retirado. Ela já teve alta.


A mulher foi indiciada por consentir que lhe fosse feito aborto, com pena que pode variar de um a três anos, segundo o Código Penal.