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Mãe denuncia creche particular por agredir filho autista de 4 anos

A escola que a criança estuda nega as acusações

Por redação com G1 09/02/2023 09h09 - Atualizado em 09/02/2023 10h10
Mãe denuncia creche particular por agredir filho autista de 4 anos
. - Foto: Divulgação

Uma mãe registrou boletim de ocorrência na quarta-feira (8) alegando que o filho autista de 4 anos foi vítima de maus-tratos dentro da creche privada Baby Universe, em Ribeirão Pires, Grande São Paulo.

Em nota, a escola afirma que a denúncia é inverídica e informa que “preza pela qualidade do ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades".

Segundo a autônoma Jéssica Aparecida Pereira, de 32 anos, desde o ano passado ela passou a perceber diversos hematomas no filho. Fotos enviadas à reportagem mostram marcas roxas nas mãos, dedos e costas da criança.

Ela ressalta que questionou a direção da creche na época, mas como a resposta ouviu que as marcas eram porque o menino é autista e se jogava no chão.

Contudo, este ano, o menino começou a se recusar a ir para a creche. No dia 27 de janeiro ele disse: “dodói, professora bateu”. Foi então que, após o relato da criança, ela pediu transferência para outra escola e fez denúncia ao Conselho Tutelar, que apura o caso.

Ainda conforme a mãe, a creche tem câmeras de vigilância que permitem os pais acompanharem a rotina dos filhos. Foi através dessas imagens que ela chegou a ver que o filho foi excluído de uma atividade e que em outro dia foi trancado em uma sala sozinho por ao menos 15 minutos, onde fez xixi na própria roupa.

Jéssica ressalta que chegou a reclamar sobre a exclusão na atividade e a creche refez. Já no dia que a criança ficou trancada, ela diz que mandou mensagem pedindo que liberasse o menino.

A mãe acredita que desde que o filho recebeu diagnóstico de autismo e encaminhou o laudo médico, em março do ano passado, houve negligência por parte dos funcionários.

O que diz a creche


Em nota, a creche Baby Universe ressaltou que a proposta educacional é voltada para uma educação inclusiva e que a mãe não apresentou o laudo médico que atesta que o aluno tem autismo. Por isso, também procurou o Conselho Tutelar, alegando negligência da responsável.

"Espontaneamente sempre disponibilizamos professores de apoio nas salas de aula. É de conhecimento que um dos diferenciais da escola é justamente contar com o monitoramento por câmeras em toda nossa unidade, demonstrando a transparência e confiança com que desempenhamos o nosso trabalho e a nossa preocupação não somente com a educação, mas também com a segurança de nossos alunos”, diz a nota.

Quanto ao relato de que o menino foi mantido sozinho em uma sala, assim como o de que ele teria sido agredido, a creche diz que é inverídico.

"Estamos reunindo todas as imagens que serão devidamente disponibilizadas às autoridades competentes”, diz a Baby Universe, por meio da sua advogada, Luciana Miranda.