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Com cinco denúncias em 2022, OAB/AL atua no combate à violência contra pessoas trans

No último ano, foram registradas situações em escolas e hospital particular; palestras e capacitações tentam orientar profissionais

Por Assessoria 31/01/2023 08h08
Com cinco denúncias em 2022, OAB/AL atua no combate à violência contra pessoas trans
. - Foto: Divulgação

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), por meio da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero, tem atuado de forma permanente no combate ao preconceito e à intolerância no estado, em especial no que diz respeito às pessoas transexuais, que são vítimas constantes de violência. Somente em 2022, foram cinco casos registrados pela Ordem nos mais diversos ambientes.

No mês em que se comemora o Dia da Visibilidade Trans, a comissão faz um balanço das ações realizadas em defesa desse público ao longo do ano que passou. Os trabalhos desempenhados foram voltados para toda a comunidade LGBTQIA+, mas com uma ênfase especial à pauta trans.

“A violência que as pessoas trans sofrem são mais severas. Existe uma série de questões delicadas e sensíveis envolvendo esse público. Não que as pessoas que integram a comunidade LGBTQIA+ também não passem, mas são situações agravadas com as pessoas trans”, afirma o presidente da comissão, Marcus Vasconcelos.

Também houve discussões com representantes do sistema penitenciário para tratar de questões voltadas à população LGBT encarcerada, além de palestras realizadas em escolas do interior do estado, com o objetivo de conscientizar os estudantes sobre a pauta. 

Sobre os casos de violência contra a população trans, Marcus Vasconcelos conta que eles ocorreram nos mais diferentes ambientes, como escolas, hospital particular, via pública e até em curso profissionalizante, onde a pessoa teve o nome social desrespeitado. “As pessoas trans se tornam extremamente invisíveis ao social por falta de oportunidade, por conta do preconceito e da falta de informações suficientes”, pontua Marcus.

“O dia da visibilidade trans convoca a sociedade a integrar a população trans em locais de dignidade e cidadania. Ações afirmativas são essenciais no combate à marginalidade, na promoção de oportunidades de emprego, sobretudo, na produção de narrativas plurais, pois é essencial que a sociedade descubra, conheça e reconheça pessoas trans como seres humanos capazes, felizes, merecedores de afeto e aptos a contribuir com o coletivo social”, conta Luz Vasques.