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Estudo mostra envelhecimento precoce em cérebro de jovens pós-lockdown
Segundo um estudo publicado na revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science na última quinta-feira (1º/12), o cérebro dos adolescentes que passaram por lockdown durante a pandemia de Covid-19 apresenta indícios de envelhecimento precoce.
Os pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, examinaram ressonâncias magnéticas de 81 adolescentes feitos antes da pandemia, e de outros 82 realizados entre outubro de 2020 e março de 2022, ainda durante a pandemia, mas após a suspensão dos lockdowns. Em seguida, 64 participantes de cada grupo foram reunidos por idade e sexo.
Após comparar os exames dos voluntários, constatou-se que as tranformações do cérebro que acontecem na adolescência, como o afinamento do córtex e o aumento do hipocampo e da amígdala, foram maiores no período depois do lockdown do que antes da pandemia. Isso indica que os cérebros desses adolescentes envelheceram mais rápido.
A diferença de idade do cérebro era de cerca de três anos. “Não esperávamos um aumento tão grande, visto que o lockdown durou menos de um ano”, afirma o professor de psicologia na Universidade de Stanford e autor do estudo, Ian Gotlib.
A priori, a pesquisa tinha o intuito de analisar qual o impacto do estresse na saúde mental durante a infância e a puberdade. Por isso, também foram avaliados sintomas de depressão e ansiedade nos participantes. O grupo pós-lockdown parece ter mais problemas psicológicos e sintomas mais graves de ansiedade e depressão.
Fonte: Metrópoles