O aumento no número de casos confirmados de Covid-19 no país já desencadeou uma série de medidas para que seja evitada a alta transmissão do vírus em alguns estados, como a volta da obrigatoriedade da máscara de proteção em ambientes fechados. Em Alagoas, os dados divulgados nos últimos sete dias pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) mostram que houve um crescimento de 137% de infectados em comparação com o restante do mês de novembro.

De acordo com o Informe Epidemiológico e Monitoramento da Emergência da doença, do dia 23 até o dia 29 de novembro, foram mais 1.457 casos confirmados e notificados de Covid. Até o dia 22, a Sesau havia divulgado 1.063 casos e agora o número de contaminados saltou para 2.520.

Já em outubro, Alagoas havia contabilizado 455 casos da doença durante os 31 dias do mês, o que mostra que o aumento de agora é de 453,8% caso sejam relacionados os dois meses. O número de óbitos também pulou de quatro para 11 durante o período.

Ao TNH1, o infectologista Renèe Oliveira, informou que o crescimento de casos acontece no período em que a subvariante BQ.1 chegou ao estado. "Houve um relaxamento da população, que abandonou uso da máscara, não ligou para o distanciamento social, e ainda uma parte não tomou reforço vacinal. Então com o aparecimento de uma subvariante da Ômicron, há esse grande número de pessoas adoecendo. E é bom destacar que o que aparece no boletim são os casos notificados, porque ainda há uma parcela importante que está com sintomas, está com a Covid, mas não faz o exame", disse o médico.

O médico também destacou que os infectados apresentam, em maioria, um quadro estável, sem gravidade. "Felizmente a variante não está provocando casos graves, pois muitos estão vacinados e quem já teve a Covid desenvolveu anticorpos. Então há um número pequeno de complicações. Mas a população precisa ficar atenta e seguir com os cuidados para evitar a Covid", explicou.

"Nossa preocupação é com os idosos, com os pacientes que estão internados nos hospitais, pessoas com comorbidades, imunossuprimidas, e é preciso o aumento de leitos também, ter essa agilidade para a disponibilidade de novos leitos em caso de necessidade de internação", acrescentou Renèe Oliveira.

Estamos em um período de Copa do Mundo, onde muitas pessoas estão se encontrando para confraternizar e assistir aos jogos, também vamos ter um período de festas de fim de ano... Então, pelo que a gente viu com a subvariante na Europa, houve um crescimento dos casos, mas que oscilou num período de 30 dias. Mas é bom lembrar que agora estamos nessa época em que pessoas estão se aglomerando, então os cuidados devem ser mantidos", complementou o médico.

Fonte: João Victor Souza