A Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) confirmou nesta terça-feira (13), o aparecimento de mais seis casos de varíola dos macacos confirmados em todo o estado. Com seis diagnósticos a mais, Alagoas tem agora 10 casos de monkeypox, onde 8 são de Maceió e 2 de Murici, zona da mata alagoana.

De acordo com informações, o segundo paciente da cidade de Murici pode ter sido contaminado em uma viagem para Maceió. Com sintomas leves, o paciente tem 20 anos e já cumpre isolamento domiciliar há 3 semanas. Após o prazo de 21 dias, o jovem vai estar liberado para deixar o isolamento, pois não transmitirá mais o vírus para outra pessoa.

Para o infectologista Fernando Maia, devido ao número de casos suspeitos contabilizados, a tendência é de que novos diagnósticos sejam apresentados com pacientes confirmados com a doença. "Já era esperado, porque quando a gente olha para o número de casos suspeitos, e é normal que, quando o laboratório divulgar o resultado dos testes, novos casos confirmados apareçam. Aconteceu que nesse lote houve mais pessoas com testes que deram o resultado para a monkeypox".

O infectologista destacou ainda que as orientações continuam as mesmas e a população deve evitar o contato de pele, que é a principal forma de contaminação. "A princípio seguem as orientações de sempre, que são parecidas com as recomendações da Covid. O tocar na pele ainda é a principal forma de transmissão. A gente vê os números crescerem em outros locais e a tendência é que aumente também em Alagoas. Então, para evitar a transmissão secundária é necessário o isolamento domiciliar, ainda no prazo de 21 dias, para tentar conter esse avanço", disse ao destacar que o vírus não é mais transmitido depois do período.

"É necessário saber se houve transmissão secundária, se foi uma pessoa que viajou, que teve em outro estado, mas o vírus já circula em Alagoas. Mas até o momento, não houve situações graves, os pacientes apresentaram lesões leves e estão cumprindo o isolamento", acrescentou.