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Lula diz que cultura deve ser vista como instrumento da economia
Candidato destaca o potencial do setor para geração de emprego
Nesta quinta-feira (1°/9), o candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva, cumpriu agenda em Belém, no Pará. Em um encontro com artista no Teatro da Paz, o político defendeu que a cultura deve ser tratada como um investimento.
“Você não gastou, você investiu R$ 30 milhões em cultura. Essa é a mudança-chave que nós temos que ter e entender a cultura como instrumento da economia brasileira”, disse Lula, que também destacou o potencial do setor cultural para oferecer oportunidades de trabalho que, segundo ele, poderiam até exceder as de outros setores da economia, como a indústria.
“Cada vez que você convoca um show, por menor que ele seja, tem dez pessoas arrumando o som, dez cuidando da eletricidade, dez batucando alguma coisa. Eu acho que gera muito mais emprego do que as indústrias mesmo. E gera prazer, gera alegria, gera conhecimento”, acrescentou o ex-presidente.
Além de incentivar o setor, o candidato disse que vai criar condições para que os artistas sejam os maiores beneficiados com os lucros das atividades culturais. “Tenho que transformar a cultura em uma atividade econômica altamente rentável para quem faz”, enfatizou.
Ele voltou a se comprometer com a recriação do Ministério da Cultura e com o estabelecimento de comitês estaduais para cuidar do tema. O candidato também disse que pretende buscar um entendimento no Congresso Nacional para dar espaço a artistas na programação das emissoras regionais de televisão.
“Não é mais possível, no século 21, as emissoras de televisão, retransmissoras das matrizes que normalmente estão em São Paulo e no Rio de Janeiro, não terem programação estadual”, disse novamente, ao criticar a falta de produção local.
“Por que não tem uma programação com os artistas locais por um período da tarde ou da manhã. Quantos artistas a gente iria valorizar? Por que a cultura desse país não pode ser nacionalizada?”, acrescentou.
Para Lula, a ideia é difundir manifestações culturais que atualmente estão restritas aos seus locais de origem para outras partes do Brasil e até outros países.
*Com Agência Brasil