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Caminhada diária, mesmo que por poucos minutos, pode aumentar a longevidade

Por Correio Braziliense 01/09/2022 15h03
Caminhada diária, mesmo que por poucos minutos, pode aumentar a longevidade
. - Foto: Reprodução

Tabagismo, hipertensão e colesterol alto são conhecidos desencadeadores de doenças cardiovasculares. Porém, independentemente dessas variáveis, o baixo desempenho em tarefas que exigem habilidades físicas é fator de risco para ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral em idosos. Um novo estudo descobriu que pessoas com mais de 65 anos que foram mal em um teste combinando velocidade de caminhada, equilíbrio e força ao se sentar e se levantar têm probabilidade maior de sofrer destes problemas. Isso, mesmo se não fumarem, controlarem a pressão e adotarem uma alimentação saudável.

Publicado no Journal of the American Heart Association, o estudo foi realizado com mais de 5,5 mil pessoas com 75 anos, em média. O interesse dos pesquisadores era avaliar a relação da saúde cardiovascular com a função física, que não é o mesmo que aptidão. Enquanto essa última se refere ao desempenho em atividades esportivas, a primeira tem relação com a capacidade de executar ações do dia a dia, como se levantar sozinho, não ter problemas de equilíbrio e caminhar sem dificuldade.

Para tanto, os pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, utilizaram uma bateria de testes que avaliou essas três variáveis. "Descobrimos que a função física em adultos mais velhos prevê doenças cardiovasculares futuras, além dos fatores de risco tradicionais de doenças cardíacas, independentemente de um indivíduo ter histórico de doença cardiovascular", conta o autor sênior do estudo, Kunihiro Matsushita, professor associado do departamento de epidemiologia da instituição.

O teste aplicado entre os participantes mediu a função física para produzir um escore de acordo com a velocidade de caminhada, velocidade de levantar de uma cadeira sem usar as mãos e o equilíbrio em pé. Os participantes foram categorizados de acordo com o desempenho: baixo, intermediário e alto. Entre todos os voluntários, 13% se encaixaram no primeiro grupo; 30% no segundo, e 57% no último.