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TSE proíbe o porte de armas em raio de 100 metros dos locais de votação

As regras valerão por 48 horas antes do pleito, durante o dia de votação, e um dia após o turno de votação

Por Redação* 31/08/2022 13h01
TSE proíbe o porte de armas em raio de 100 metros dos locais de votação
Homem com arma na cintura - Foto: Reprodução/Rádio Terra

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (30/8) proibir a circulação de pessoas armadas nos locais de votação no primeiro e no segundo turnos das eleições, que serão realizados nos dias 2 e 30 de outubro.

Conforme a decisão, a proibição do porte de arma deve ocorrer em um raio de 100 metros em torno dos locais de votação. A restrição atinge os chamados CACs, grupo de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores que possuem registros legalizados de armamento e munição.

Pela medida, somente integrantes das forças de segurança que vão trabalhar na eleições poderão estar armados. Contudo, eles só poderão entrar nos locais de votação se forem autorizados pelos responsáveis pelas seções eleitorais.

As regras valerão por 48 horas antes do pleito, durante o dia de votação, e um dia após o turno de votação. Durante a sessão, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que o descumprimento da resolução pode caracterizar crime eleitoral e porte ilegal da arma.

O relator da questão, ministro Ricardo Lewandowski, disse que houve aumento na concessão de registros de armamentos e citou a polarização política para estabelecer a restrição.

Para justificar a medida, o ministro fez alusão a uma norma da legislação eleitoral que impede a entrada de militares armados nas seções sem autorização da equipe de mesários. De acordo com Lewandowski, "armas e votos são elementos que não se misturam".

"A ideia subjacente à proibição da presença de pessoas armadas nos locais de votação é proteger o exercício do sufrágio de qualquer ameaça, concreta ou potencial, independentemente de sua procedência", afirmou.

O voto foi acompanhado pelos ministros Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia, Carlos Horbach e o presidente, Alexandre de Moraes.

*Com Agência Brasil