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Casal homoafetivo obtém guarda provisória dos irmãos Maxwell e Moisés

O casal Fabrício Pereira e Osley Miraveti ficou sabendo dos irmãos por meio dos vídeos do projeto Adoções Possíveis, do Tribunal de Justiça

Por Redação* 23/08/2022 15h03
Casal homoafetivo obtém guarda provisória dos irmãos Maxwell e Moisés
Juíza Fátima Pirauá conduziu audiência para concessão da guarda provisória - Foto: TJAL

A 28ª Vara Cível da Infância e Juventude de Maceió concedeu, nesta segunda-feira (22), a guarda provisória dos irmãos Maxwell (9) e Moisés (7) ao casal Fabrício Pereira e Osley Miraveti. Os adotantes, que vieram de Sorocaba (SP), tomaram conhecimento de que os meninos estavam disponíveis para serem adotados através do projeto Adoções Possíveis.

Fabrício e Osley, que vinham se preparando para adotar há cinco anos, se depararam com o vídeo das crianças e imediatamente houve o interesse em adotá-las. Eles estavam mantendo contato com as crianças há cerca de dois meses, através de vídeochamada. Há 10 dias, o casal está em Maceió, convivendo com Maxwell e Moisés aguardando a aprovação da guarda provisória.

“Quando chegamos aqui, já começamos a rotina de levá-los para a escola, buscar, passar um tempo conosco. Tudo que a gente estava treinando durante o período de vídeochamada, aconteceu. Vivenciamos esse convívio nesses dias com bastante intensidade”, contou Fabrício.

“A conexão e o vínculo com eles foi muito rápido, eles se apegaram a gente de maneira bastante intensa, foram bastante carinhosos com a gente bastante afetuosos. Como esse vínculo foi estabelecido muito rápido, estamos nos sentindo confortáveis para já assumir essa paternidade”, afirmou Osley.

Os meninos estavam sob o apadrinhamento de um casal, que explicou aos novos pais de Maxwell e Moisés toda a dinâmica dos irmãos e suas particularidades. “Foi bastante importante esse apoio deles. Mesmo a distância, vamos fazer vídeos e enviar fotos e eles estão convidados a nos visitarem em Sorocaba”, disse Fabrício.

Osley explicou que os vídeos de Maxwell e Moisés para o Adoções Possíveis foram fundamentais para chegarem até as crianças. “Foi como a gente teve esse contato inicial. Quando há esse vídeo mostrando a vivência, mostrando que eles existem, a gente consegue enxergar que esse era o caminho”, contou Osley.

A juíza Fátima Pirauá, titular da 28ª Vara, explicou que a guarda provisória serve para o estágio de convivência, para que as crianças se adaptem à nova realidade familiar. Será enviada uma carta precatória à comarca onde o casal reside, para que, em seguida, uma equipe multidisciplinar faça o acompanhamento durante 90 dias acerca desse estágio.

“Se der tudo certo, vamos receber um relatório e marcar a audiência para concretizar a adoção. Têm sido fundamentais os vídeos do projeto Adoções Possíveis, onde o casal pode ter a percepção que aquelas crianças têm amor para dar, precisam dessa família e estão aptos a serem adotados”, avaliou a magistrada.

*Com TJAL