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1º dia de campanha é marcado por troca de acusações entre Lula e Bolsonaro

17/08/2022 07h07
1º dia de campanha é marcado por troca de acusações entre Lula e Bolsonaro
Lula e Bolsonaro - Foto: Reprodução

A 44 dias do primeiro turno das eleições, Jair Bolsonaro (PL) lançou a campanha de recondução à Presidência em Juiz de Fora (MG), no mesmo local onde recebeu uma facada, em 2018. O chefe do Executivo acenou ao eleitorado evangélico e atacou seu principal opositor político, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), insinuando que o petista defende o fechamento de igrejas.

Usando colete à prova de balas e sob forte esquema de segurança, Bolsonaro se reuniu, inicialmente, no aeroclube da cidade, com comunidades evangélicas. Aos apoiadores, disse que, antes de assumir, em 2019, o país "estava à beira de um colapso, com problemas éticos, morais e econômicos, e marchava, sim, a passos largos, para o socialismo" e associou a esquerda ao fechamento de igrejas, citando Nicarágua e Venezuela como exemplos de países que "fecharam rádios religiosas" e "impediram procissões".

O tom já havia sido dado pelas redes sociais, em postagem na qual dizia que "os que perseguiram e defenderam fechar igrejas se julgarão grandes cristãos, os que apoiam e louvam ditaduras socialistas se dirão defensores da democracia".

Do aeroclube, o presidente seguiu em motociata o calçadão que fica na esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, no centro, local onde levou a facada em 2018. Por volta das 11h, subiu em um trio elétrico e discursou lembrando a ocorrência. Foram usadas grades para isolar o público que, em grande parte, trajava verde e amarelo. "Aqui eu renasci", bradou, antes de lançar mais acusações ao PT ao dizer que, no governo anterior, o país "era roubado pela esquerdalha que estava no poder".

O chefe do Executivo voltou a convocar a população para o 7 de Setembro: "Podem ter certeza, no próximo dia 7 de setembro vamos todos às ruas pela última vez. Comemorar, em um primeiro momento, a nossa independência. E, em um segundo momento, a garantia da nossa liberdade".

Com papel de destaque, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, falou depois do marido e reforçou o apelo religioso do comício.

Fonte: Correio Braziliense