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Polícia investiga desvios de verba pública em Rio Largo e apreende celulares, documentos e mídias

Por Redação 11/08/2022 14h02 - Atualizado em 11/08/2022 15h03
Polícia investiga desvios de verba pública em Rio Largo e apreende celulares, documentos e mídias
Materiais apreendidos na investigação - Foto: Reprodução

A Polícia Federal de Alagoas (PF/AL) realizou no início da tarde desta quinta (11), a execução de uma ordem de busca e apreensão para a Operação Beco da Pecúnia, que investiga desvio de recursos públicos no município de Rio Largo, Alagoas. Documentos, telefones celulares e mídias de computador foram confiscados. Todos os materiais serão verificados. Nenhum dinheiro em espécie foi apreendido na operação.

A Operação Beco da Pecúnia investiga possíveis crimes de desvio de recursos públicos federais, lavagem de dinheiro e organização criminosa com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS), que teria ocorrido em Rio Lago.

Segundo a investigação, algumas ilegalidades nas contratações e respectivos pagamentos realizados pelo município de Rio Largo teriam acontecido, em favor de duas pessoas jurídicas, com o objetivo de adquirir material de construção, peças e serviços para veículos, das quais teriam recebido do município o valor em média de R$ 20 milhões.

A investigação também aponta que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques no caixa rápido de contas dessas empresas, com o valor de R$ 49 mil cada, logo após terem recebido recursos de contas de Rio Largo. Assim, suspeita-se de que isso foi feito para burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que obriga as instituições bancárias a informarem automaticamente as transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.

Até o momento, estão sendo cumpridos 35 mandados judiciais de busca e apreensão em 6 municípios de Alagoas, são eles: Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios, e 1 em São Paulo.

Também foram determinadas algumas medidas aos suspeitos na investigação: afastamento cautelar de agentes públicos dos cargos pelo prazo de 60 dias; proibição de frequentar órgãos públicos no município; proibição de manter contatos entre si; e proibição de sair do país, além da suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município de Rio Largo.