Um relatório divulgado nesta quarta-feira (28), concedido à Polícia Federal em Alagoas, acusa o Prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, de receber propina de uma empresa de construção denominada "Litoral Construções e Serviços". No ano de 2019, a empresa citada foi considerada "fictícia”.

A fraude teria acontecido durante a gestão de Gilberto Gonçalves. Além do prefeito de Rio Largo, outros três homens, que fazem a sua segurança pessoal e dois funcionários da empresa também foram citados na ação.

A denúncia expõe que a contratação da empresa é originada do Pregão Presencial n. 06/2019, na qual teria sido firmadas as Atas de Registros de Preços nº 77/2019, 119/2019 e 24/2020, com contratação que teria gerado o pagamento de R$ 957.200,00 em 2019. No ano de 2020, foi empenhado mais R$ 918.275,00.

O relatório da Polícia Federal aponta que dois homens, identificados como Paulo Jorge e Eduardo dos Santos, supostos funcionários da construtora, foram vistos entregando um pacote para um veículo que estava estacionado. “Vale lembrar, que o veículo Fiat Toro, placa QYZ2H37, pertencente a prefeitura de Rio Largo, saiu da prefeitura minutos antes apenas para receber o pacote entregue por Paulo Jorge e Eduardo dos Santos”, diz um trecho do relatório.

O relatório de inteligência financeira do COAF n° 75479 também aponta que foi efetuado um saque por Paulo Jorge, no dia 30 de maio de 2022, na quantia de R$ 49.000,00, na conta corrente da empresa LITORAL CONSTRUÇŌES E SERVICOS LTDA. O pacote com o dinheiro teria sido recebido por Luiz Alfredo Gomes, Waldo José Reis da Silva e Walter Souza de Araujo, funcionários responsáveis pela segurança pessoal do prefeito e de seu familiares.

A ação de acusação contra o prefeito teve origem a partir de uma representação da procuradora do município de Rio Largo, Karla Brandão Muniz Formiga de Carvalho.