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Polícia investiga adolescente de 16 anos que abandonou bebê achado morto e mutilado em Jundiá

Segundo o Conselho Tutelar, menor teve o bebê durante a madrugada, sozinha. Ministério Público também acompanha o caso.

22/06/2022 11h11
Polícia investiga adolescente de 16 anos que abandonou bebê achado morto e mutilado em Jundiá
. - Foto: Reprodução

A polícia investiga o caso do bebê recém-nascido encontrado morto e mutilado em um matagal em Jundiá, interior de Alagoas. De acordo com o Conselho Tutelar, a mãe da criança é uma adolescente de 16 anos. O Ministério Público (MP-AL) acompanha o caso.

O crime foi registrado na noite da terça-feira (21). A criança foi achada com uma perna, um pé e uma das mãos arrancados. O bebê ainda tinha o cordão umbilical.

De acordo com Elizabeth Santos, presidente do Conselho Tutelar de Jundiá, a adolescente contou à polícia que teve o bebê sozinha, e depois o jogou no terreno baldio.

"O Conselho foi acionado e acompanhamos a polícia, que a levou para ser ouvida na delegacia. Lá, ela contou que teve a criança de madrugada, e que o bebê caiu no chão. A adolescente então colocou o corpo em um saco de lixo e o jogou. A gente não sabe se isso de fato aconteceu", explica Elizabeth.

Não se sabe quem é o pai da criança. A presidente conta ainda que o Conselho tinha contato com a adolescente e a família dela, mas ninguém havia falado em gravidez.

"Pra gente foi surpresa. Não sabíamos que ela estava grávida. Não havia relato de que ela havia sido acompanhada. Tínhamos contato com a família, mas ninguém falou sobre essa gravidez", afirma.

O Conselho Tutelar vai acompanhar a investigação do caso, assim como o MP.

Ao Acta, o promotor Paulo Barbosa, da Promotoria da Infância da Comarca de Porto Calvo, explicou que analisa entrar com uma representação contra a adolescente.

"Recebi o Boletim de Ocorrência. Como é uma caso que envolve uma menor de idade, corre em segredo de Justiça. Se houver indícios da prática de ato infracional, vou representar, que é a denúncia para menores de idade. Vou analisar se é o caso de requerer internação provisória, ou se ela responde ao processo em liberdade", explica o promotor.

Barbosa afirma ainda que solicitou ao Conselho Tutelar que encaminhasse a jovem para tratamento psicológico e que a família também seja acompanhada pelo Crea.

Fonte: Portal Acta