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Após alta do diesel, caminhoneiros cobram Bolsonaro e falam em greve

Estatal anunciou, nesta sexta-feira, reajuste de 14,2% no preço do diesel vendido às distribuidoras; categoria reage: 'Chilique não resolve'.

18/06/2022 13h01
Após alta do diesel, caminhoneiros cobram Bolsonaro e falam em greve
. - Foto: Reprodução

Após a Petrobras anunciar novo reajuste de 14,2% no preço do diesel,
caminhoneiros cobram uma ação do presidente Jair Bolsonaro (PL) e voltam
a falar em greve.

Em nota, Wallace Landim, o Chorão, um dos líderes da greve dos
caminhoneiros em 2018, apontou que a “grande falha e incompetência” do
governo Bolsonaro foi não ter reestruturado a estatal e suas operações
no início do mandato.

“O governo se acomodou e, por ironia do destino, o ministro apelidado
de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande
culpado deste caos. Hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda
temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que
ficar dando ‘chilique’ não vai resolver o problema”, escreveu Chorão.

“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política
cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente. Se não for
por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve, no
entanto, é o mais provável”, prosseguiu.

Antes do anúncio de novo aumento nos preços da gasolina e do diesel,
Bolsonaro escreveu, na manhã desta sexta-feira (17/6), que a Petrobras
pode “mergulhar o Brasil num caos”. E citou a greve dos caminhoneiros em
2018, que provocou alta nos preços e desabastecimento.

A estatal reajustou o preço do litro da gasolina vendido às
distribuidoras de R$ 3,86 para R$ 4,06. No caso do diesel, a alta foi de
R$ 4,91 para R$ 5,61. O aumento passa a valer a partir deste sábado
(18/6).

Desde agosto de 2019, o preço do diesel vendido pela Petrobras às
refinarias já subiu 168%, segundo levantamento feito pela reportagem com
dados da estatal.

De acordo com registro da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro
do diesel chegou a ser encontrado, no último mês, a R$ 8,69 nos postos
de combustíveis. Hoje, o preço médio está em R$ 6,88.



















FONTE: Metropoles