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Bolsonaro volta a atacar Petrobras em discurso no RS e culpa empresa por alta nos combustíveis

Presidente discursou na Feira Nacional da Soja, em Santa Rosa, neste sábado (7). Governo federal é o maior acionista e fatura bilhões com o desempenho da estatal, que pratica preço internacional.

07/05/2022 18h06 - Atualizado em 09/05/2022 07h07
Bolsonaro volta a atacar Petrobras em discurso no RS e culpa empresa por alta nos combustíveis
. - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar a Petrobras em discurso na Feira Nacional da Soja, em Santa Rosa, na Região Norte do RS. Após falar para o público sobre responsabilidade da empresa na alta dos preços do diesel e demais combustíveis, ele posou para fotos ao lado de uma colheitadeira e cumprimentou apoiadores.


"Esta semana vocês estão conhecendo um pouco mais do que é a Petrobras aqui no Brasil. Temos nichos, temos redutos ainda em nosso governo espalhados por todo o Brasil que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco. Eles sabem que o Brasil não aguenta mais o reajuste de combustível numa empresa que fatura dezenas de bilhões de reais por ano às custas do nosso povo brasileiro", discursou.


A União detém a maioria das ações ordinárias da Petrobras, com 50,3% do total. A estatal adota para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.


Nos últimos meses, o preço internacional do petróleo tem subido em especial devido às tensões provocadas pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia, esse último um dos maiores produtores mundiais de petróleo.


Foi justamente o conflito que motivou Bolsonaro a repetir as acusações à Petrobras. No caminho do palco para o setor de estandes, em resposta a uma jornalista, que acompanhava a comitiva presidencial, o presidente repetiu críticas que já havia citado em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais no meio da semana.


"Vocês devem estar sabendo o que eu falei na live, né? Tinha um sentimento de que ia ter novo reajuste no preço. Isso é injustificável pelos números da Petrobras. A Petrobras não tá numa situação de ser independente do Brasil", criticou.





Fonte: G1