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Alunos denunciam professor por assédio sexual em escola pública no Tabuleiro dos Martins

Alunos realizaram mobilização após três alunas, com idades entre 14 e 15 anos, dizerem ter sido vítimas do educador

04/05/2022 08h08
Alunos denunciam professor por assédio sexual em escola pública no Tabuleiro dos Martins
. - Foto: Reprodução

Estudantes da Escola Estadual Maria Ivone Santos de Oliveira, no Tabuleiro do Martins, realizaram uma mobilização nesta terça-feira, 03, após três alunas denunciarem que foram vítimas de assédio sexual, supostamente cometido por um professor, dentro da unidade.

Segundo os alunos, as três meninas, com idades entre 14 e 15 anos, matriculadas no 1º ano do Ensino Médio, teriam sido tocadas de forma indevida, em suas costas, seios e nádegas pelo professor, dentro da sala de aula. O caso teria sido percebido quando uma das vítimas teve uma crise de choro após o ocorrido e confidenciou o fato para outras amigas.

Depois de saberem o que havia acontecido o corpo estudantil resolveu não se calar e no pátio da própria escola se reuniram para debater e incentivar a denúncia e pedir que o profissional não mais lecionasse no local. Ainda de acordo com os alunos, a atitude não foi bem vista pela direção e coordenação da escola que teria dito que iria “resolver primeiro a situação dos maconheiros” e posteriormente acionaram a Polícia Militar para dispersar os alunos.

O acusado é um professor – que não pode ter a identidade divulgada devido à Lei de Abuso de Autoridade – que, segundo as próprias estudantes, teria como costume elogiar demasiadamente as meninas e tocá-las de forma incoveniente.

“Eu já passei por situações bem desagradáveis com ele. Uma amiga que até já saiu da escola também me contou que sempre foi assediada, que ele alisava a coxa dela, dando em cima, que não cabe um professor estar falando para uma aluna, ainda mais menor de idade. Desde sempre ele teve esse hábito de ficar com gracinha para aluna”, contou uma das estudantes que participou do ato.

Depois do ato, as três estudantes procuraram uma delegacia especializada, mas não conseguiram registrar o Boletim de Ocorrência pelo fato de serem menores de idade e não estarem acompanhadas de um adulto responsável. Elas pretendem retornar junto com os pais para formalizar a denúncia nesta quarta-feira (04).

A redação do site também tentou contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação (Seduc) que informou que está apurando os fatos e que não irá se manifestar ainda.

Fonte: Alagoas 24h