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Recusa para tomar a vacina do sarampo preocupa autoridades

Alagoas iniciou a Campanha de Vacinação contra Influenza e Sarampo no início deste mês

30/04/2022 07h07
Recusa para tomar a vacina do sarampo preocupa autoridades
. - Foto: Reprodução

Alagoas iniciou a Campanha de Vacinação contra Influenza e Sarampo no início deste mês para os grupos prioritários, estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS), e o Dia D de vacinação ocorre neste sábado (30). A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) aproveita, então, para reiterar a importância da vacina, invenção que salvou mais vidas humanas do que qualquer outra tecnologia médica na história do planeta.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgados em 2019 na lista das 10 principais ameaças à saúde, a vacina salva, em média, três milhões de vidas humanas por ano. Apesar disso, ainda há recusa da vacinação e, como consequência, em 2019 os casos de sarampo triplicaram no mundo, em relação ao ano anterior. Esse aumento ainda provoca alerta no Brasil, porque o sarampo possui a maior taxa de transmissão entre as doenças virais.

A médica infectologista da Sesau, Sarah Dominique Delabianca, afirma que a recusa de qualquer vacina é motivo de grande preocupação. “Difícil imaginar o mundo contemporâneo sem uma estratégia de vacinação, porque esta é uma medida simples, eficaz e possível de ser disseminada em todo o mundo, se houver incentivo aos países menos favorecidos”, esclarece.

O Brasil recebeu o certificado de país livre do sarampo em 2016, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mas perdeu o título em 2019, depois da confirmação de um caso no Estado do Pará, devido à recusa da vacina. Diante disso, o secretário de Estado da Saúde, André Cabral, apela para que todos se vacinem.

São disponibilizadas, no Brasil, 20 tipos de vacinas humanas nas salas de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Algumas delas protegem contra mais de um patógeno ao mesmo tempo, como é o caso da pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo b) e a tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela), por exemplo. As vacinas são aplicadas desde o nascimento até o fim da vida, já que a vacina contra o vírus da Influenza, por exemplo, é anual.