A campanha eleitoral para as eleições de 2022 deve contar com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) em Alagoas ainda no mês de abril. Ele deve chegar ao estado no dia 22 e, de acordo com o vereador de Maceió Leonardo Dias (PL), o foco da visita será destacar as ações que estão sendo realizadas pelo Brasil, Nordeste e aqui no estado.

“Como já ocorreu das outras vezes, o presidente Jair Bolsonaro será muito bem recebido por seus apoiadores. São inúmeros os movimentos de apoiadores, que de forma espontânea, organizam comitivas para a recepção do presidente. O que vemos nesses casos é reflexo do reconhecimento de uma gestão que tem tido compromisso com obras, entrega de títulos agrários, habitações, dentre tantas outras ações positivas do governo federal”, afirma o vereador.

Quanto a filiações, Leonardo Dias reforça que o PL vem crescendo em Alagoas.

“Em apenas 24 horas, tivemos mais de 350 filiações no prazo final da janela partidária. Teremos um encontro em breve com os filiados para discutir eleições e candidaturas. Mas, o foco principal da vinda de Bolsonaro são as ações que estão sendo feitas pelo Brasil, pelo Nordeste e por Alagoas, libertando muita gente do atraso promovido por governos anteriores. O processo de candidaturas, eleições e filiações é de forma paralela e reflexo de um trabalho que vem sendo feito pelo país e que, com certeza, será vitorioso agora em 2022”, concluiu.

A assessoria do deputado estadual Cabo Bebeto (PL) informou que a presença do presidente ainda não foi confirmada, mas, caso seja confirmada a visita, o parlamentar pretende se reunir com Bolsonaro para tratar das propostas de campanha e filiações para o partido.

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas, Ricardo Barbosa, disse que durante uma reunião realizada na última terça-feira (5) em São Paulo, Lula sinalizou que deve vir a Alagoas em maio.

“Lula, o deputado estadual Paulo Dantas [MDB] e o ex-governador Renan Filho [MDB], confirmaram apoio nas eleições deste ano. Lula anunciou que irá a Alagoas para reforçar o apoio à pré-candidatura de Paulo Dantas ao governo do Estado e a de Renan Filho ao Senado em 2022”, explicou.

AGENDAS FREQUENTES

Na análise da cientista polícia Luciana Santana, Bolsonaro deve vir a Alagoas e a outros estados do Nordeste para tentar “reconquistar” o eleitorado perdido durante sua gestão.

“A gente vê que ao longo de seu mandato, Bolsonaro voltou a focar nas visitas, em inaugurações de obras e tem ido aos estados do Nordeste a convite de seus aliados. As visitas são pensadas de forma estratégica e eleitoral, visando conquistar um eleitorado que ele não tinha nas eleições de 2018 e também para reconquistar o apoio dos eleitores perdidos”, opina.

Para Luciana, com a proximidade da eleição de 2022, essas viagens vão se tornar muito mais frequentes.

“Então não vai ser a primeira visita dele e com certeza teremos outras, com essa mesma finalidade, a de tentar conquistar um eleitorado que ele não tem ou que de alguma maneira perdeu desde a última eleição. Ele vem tentar reforçar o papel do governo em algumas políticas, enfatizando a criação do Auxilio Brasil, isso é do ponto de vista bastante estratégico, conquistar esse eleitorado, e claro, no caso de Alagoas, de forma específica, porque a gente sabe que no Nordeste temos uma característica muito singular, especialmente na capital, em que Bolsonaro teve um desempenho satisfatório em comparação com outras capitais nordestinas”, continuou.

Com relação ao Lula, a cientista ressalta que o ex-presidente se sente em casa no Nordeste. “Por causa desse cenário favorável ao governo do PT nos últimos anos, e a figura do

Lula, que é muito importante no Nordeste, claro, ele vai tentar investir para ampliar o seu eleitorado na região e tentar de alguma maneira criar alguma vitrine para a ser apresentada para o resto do país, reforçando obras que foram criadas nas gestões do PT, programas sociais que deram certo, fizeram diferença para a população do Nordeste e investir de alguma maneira em uma campanha que dê visibilidade a esse legado petista”, opina.

“Se não com Lula, mas mesmo com aliados esse será o ponto forte da campanha. Em alguns casos, vamos ver também uma intensificação de ações visando ampliar filiações ao partido, na tentativa de trazer eleitores que possam favorecer a candidatura dos seus respectivos candidatos”, concluiu.

Fonte: Tribuna Hoje