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Mulher flagrada com sem-teto é diagnosticada com transtorno bipolar

29/03/2022 14h02 - Atualizado em 29/03/2022 14h02
Mulher flagrada com sem-teto é diagnosticada com transtorno bipolar
. - Foto: Reprodução

O caso do morador de rua espancado por personal, que o flagrou tendo relações sexuais com sua mulher dentro de um carro em Planaltina (DF), continua repercutindo na internet. Nesta terça (29) o laudo da mulher flagrada com o sem-teto  foi divulgado pelo jornal carioca O Globo, e aponta que ela passava por uma fase maníaca psicótica do transtorno bipolar.

O laudo foi realizado por médicos do Hospital Universitário de Brasília e detalha que a comerciante apresenta "alucinações auditivas, delírios grandiosos e de temática religiosa, alteração de humor e comportamentos desorganizados e por vezes inadequados".

A mulher permanece internada em um hospital psiquiátrico, desde 9 de março, e ainda não tem conhecimento da repercussão do caso. O laudo também aponta que ela tem uma tendência a "gastos excessivos, doação de seus pertences, resistência em se vestir e hiper-religiosidade".

Ao encontrar sua esposa nua, tendo relações sexuais com um desconhecido, o personal Eduardo Alves de Souza, de 31 anos, espancou Givaldo, em uma cena registrada por câmeras de segurança. 


Entrevistado pela UOL, Givaldo afirmou perdoar o personal trainer Eduardo Alves, que o agrediu, e revelou ter medo de ser incriminado, caso o que aconteceu seja considerado abuso sexual, uma vez que a vítima afirma que estava tendo um “surto psicótico” e o marido acusa o morador de rua de ter abusado de uma pessoa em situação de fragilidade. Givaldo disse que tem ciência de que sua situação poderia ser bem pior caso não houvesse provas da ocorrência e de sua inocência, pois, segundo ele, ele foi seduzido por ela.


"No hospital, senti medo do que poderiam me acusar. Conversei com dois modestos senhores, que acredito que eram policiais e eles me tranquilizaram, mesmo após um aviso que ficou ecoando em minha mente: "Então, cara, você tem que cuidar. Eles querem te empurrar um estupro", disse um dos homens.” Fiquei preocupado nessa hora. Eu frequento a igreja católica ou a evangélica. Eu não tenho essa índole. Eu não preciso disso. [...] Isso [estupro] nunca aconteceu e nunca vai acontecer.”, contou o sem-teto.

A Polícia Civil está investigando o caso, que até o momento está classificado como "legítima defesa de terceiros", já que o personal alegou ter agredido Givaldo porque pensou que testemunhava um caso de estupro envolvendo a esposa, que depois afirmou ter sido consensual. A violência sexual não foi confirmada pela investigação até agora.