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"Precisamos modificar culturas e ideologias preconceituosas", destaca Gabinete da Mulher de Maceió
As políticas públicas sempre foram importantes para impulsionar ações
onde as mulheres sejam incluídas nas tomadas de decisão. Neste mês de
março, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher, muitas
mulheres maceioenses se destacaram em ações e depoimentos sobre suas
histórias de vida.
Paralelo ao crescimento das mulheres, a Prefeitura de Maceió, por meio do Gabinete
de Políticas Públicas para as Mulheres vem buscando incentivos e
lançados projetos, principalmente para inclusão da mulher periférica nas
políticas afirmativas, que trazem medidas para o seu dia a dia.
Em entrevista ao CadaMinuto, a coordenadora do Gabinete da Mulher, Ana
Paula Mendes, explicou a implantação dos projetos na capital. Confira
Qual diagnóstico é possível ser feito das políticas públicas implantadas para as mulheres em Maceió?
Quando o prefeito JHC assumiu a gestão viu, em um diagnóstico profundo, que
não existiria políticas públicas para mulheres no município, e que as
mesmas precisavam de uma política mais assertiva. Hoje, temos um
diagnóstico de políticas pioneiras implantadas, mas muito melhor que
isso! Extremamente eficientes. Finalmente as maceioenses são vistas como
sujeitas de direitos e, através de várias políticas afirmativas,
estamos levantando a bandeira da igualdade de gêneros e do respeito às
mulheres! Em especial lutando através de várias ações e políticas de
governo no combate à violência doméstica contra a mulher.
O número de mulheres empreendedoras tem aumento significativamente em
diversas áreas. Porém, muitas continuam sem renda nesse cenários
pandêmico. Quais projetos o município tem em execução para auxiliar as
mulheres que buscam empreender nas comunidade carentes?
Desde o ano passando lançamos o Emprega Mulher, que já capacitou 130
mulheres. O programa tem como objetivo inserção no mercado de trabalho,
emprego e renda, pois vários cursos também são aperfeiçoamentos daquelas
que almejam empreender. Estamos trabalhando na construção do Banco da
Mulher Empreendedora, programa que está prestes a ser lançado. E terá
como objetivo o fornecimento de microcrédito para mulheres
empreendedoras a juros zero e com carência de um ano. Assim como
capacitação sobre empreendedorismo feminino.
Algumas discussões e medidas asseguram condições para as mulheres em alguns
aspectos, como na violência doméstica. Avalia que o suporte dado ao
público feminino precisa ser maior?
A rede sempre precisará de fortalecimento, há muito o que ser feito! Mas
em um ano fizemos o que nunca foi feito antes, as mulheres passaram por
um verdadeiro descaso nas gestões anteriores. E em pouco tempo
conseguimos assegurar diversas medidas extremamente importantes, como:
Aluguel Maria da Penha; Reserva de no mínimo 5% das habitações para
mulheres vítimas de violência doméstica; Capacitações para mulheres
vítimas de violência doméstica; A obrigatoriedade das empresas que
prestam serviço ao município de reservarem 2% de vagas para mulheres
vítimas de violência doméstica; Criamos a Patrulha Salve Mulher, que
atuará na fiscalização de medidas protetivas deferidas através do
atendimento na Casa da Mulher Alagoana; Em parceria com o Tribunal de
Justiça viabilizamos o funcionamento da Cada da Mulher Alagoana.
Uma dessas áreas de fortalecimento é no combate a fome e sobrevivência
mínima das mulheres. Como o município tem atuado nessa pauta?
Neste ano desenvolvemos a cesta digital, o cartão cesta básica no valor de
R$300 entregue a mulheres em vulnerabilidade social, que diferente da
cesta básica, elas podem efetuar a compra de itens de higiene pessoal.
Além do Programa Conta em Dia, do BEM (bolsa escola municipal) e também
acabamos de lançar o Programa Dignidade Menstrual, para ajudar meninas e
mulheres da rede pública de educação, no combate à pobreza menstrual.
Acredita que ainda faltem ações para incentivar as mulheres buscar o próprio desenvolvimento pessoal?
Lançamos um grande programa, que se chama SALVE MULHER. Dentro de importantes
segmentos, falamos sobre empoderamento feminino e não ao machismo
estrutural. Temos trabalhado muito com as comunidades, com mulheres e
também com homens. Precisamos modificar culturas e ideologias
preconceituosas, e fazermos mulheres livres! Uma sociedade livre de
preconceitos, implantando uma cultura de paz!
Porém, o trabalho é intenso e a longo prazo. Uma política de fato de governo.
Ainda temos muito a fazer, mas Maceió nunca esteve tanto no caminho CERTO!
Fonte: Cada Minuto