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Jovem de 18 anos que não se vacinou e contraiu forma mais grave da Covid-19 recebe alta em Maceió

José Claudio Nascimento de Araújo chegou a ficar entubado por sete dias após dar entrada na unidade de saúde

23/02/2022 14h02
Jovem de 18 anos que não se vacinou e contraiu forma mais grave da Covid-19 recebe alta em Maceió
Jovem disse que ficou receoso para tomar a vacina por causa dos efeitos colaterais - Foto: Thallysson Alves

O jovem de 18 anos que não tomou vacina contra Covid-19 e contraiu a forma mais grave do vírus recebeu alta do Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro Trapiche da Barra, em Maceió. José Claudio Nascimento de Araújo chegou a ficar entubado por sete dias após dar entrada na unidade de saúde.

O paciente mora com a tia no bairro Feitosa, onde também trabalha em um “mercadinho”. Após ser extubado, ele acordou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) um pouco atordoado e contou que não se lembra de tudo, mas sabe que foi muito rápido, já que se em um dia estava curtindo uma festa com os amigos, no outro estava em estado grave, lutando contra a morte.

“Eu estava em São Luís do Quitunde, bebendo com meus amigos. Estava tudo massa! Depois fui dormir na casa de um dos meus amigos e acordei vomitando sangue. Levaram-me para o hospital da Cidade, depois para Porto Calvo [Hospital Regional do Norte], que me transferiu para o HGE. Quando cheguei, eu vomitei, de novo, sangue. Fizeram o teste para Covid-19 e deu positivo”, lembrou.

Já no HGE, no dia 31 de janeiro, ele foi diagnosticado com Hemorragia Digestiva Alta e Baixa, além da Covid-19. No dia seguinte, José estava em um leito exclusivo para paciente com o novo coronavírus na UTI.

“Uma úlcera duodenal, que é uma pequena ferida que surge no duodeno, a primeira parte do intestino, que liga diretamente no estômago. Geralmente, a úlcera se desenvolve em pessoas que foram infectadas com a bactéria H. pylori, que retira a proteção da mucosa do estômago e causa inflamação da parede do duodeno e, provavelmente, agravada devido a inflamação causada pela Covid-19”, detalhou o médico Adailton Araújo.

“A primeira coisa que irei fazer assim que eu puder é me vacinar. Eu sei que eu vacilei, que eu deveria ter ido me imunizar. Mas, eu estava com medo dos efeitos colaterais, não queria ficar doente. Diziam para mim que doía muita coisa, como o braço e a cabeça. Teve gente que me disse que ficou de cama. Eu não queria isso, então não me vacinei. Mas, infelizmente, só agora eu percebi que é muito melhor sofrer esse risco, do que sofrer com a gravidade que esse vírus pode causar”, concluiu o jovem.


Fonte: Gazetaweb