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Polícia diz que não há provas de estupro contra influencer e decide não indiciar turista de Brasília

Investigação concluiu que consumo de álcool e relação sexual ocorreram de forma voluntária

Por Redação 09/02/2022 12h12
Polícia diz que não há provas de estupro contra influencer e decide não indiciar turista de Brasília
Delegada Maria Angelita deu detalhes do inquérito que investigou o caso - Foto: Internet/Reprodução

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou o caso da influencer Duda Martins e decidiu não indiciar o turista brasiliense, diante da falta de provas de que houve abuso sexual. A influenciadora disse ter sido estuprada pelo homem, identificado como Luiz Campos, que passava as festas de Réveillon em Maceió, no final do ano passado, após conhecê-lo em um bar situado na orla marítima da capital e ter sido dopada.

Segundo a polícia, não houve violência na relação sexual e nem consumo de substância de relevância forense que pudessem levar ao indiciamento do suspeito. "Concluímos que não houve abuso por parte de Luiz Campos e que o consumo de bebida foi feito de forma voluntária e consciente", destacou a delegada Maria Angelita, responsável pelo caso.

“O que acontece é que existem as fases da embriaguez e, dentro da doutrina, elas são divididas em três. Me aprofundei sobre esse estudo. A primeira fase é a do macaco, da euforia, onde o indivíduo fica mais alegre; a segunda fase é a depressora, do leão, onde a pessoa fica mais agressiva e até pratica mais crimes; e a terceira fase, a do porco, é quando a pessoa fica realmente letárgica, onde a pessoa fica praticamente desacordada ou totalmente desacordada, vulnerável ao estupro. Nessa última fase, é quando a pessoa está propícia a ser vítima. Nesse caso, ela não atingiu a fase letárgica, não perdeu os sentidos como, por exemplo, aconteceu no caso da outra digital influencer, a Mariana Ferrer, onde ela é vista desacordada, e ali sim foi estupro de vulnerável”, completou Maria angelita.

Ainda de acordo com a delegada, imagens mostram Duda Martins andando e aparentemente em sã consciência. “No caso da Eduarda, ela saiu andando. Temos imagens dela saindo andando do elevador. Ela disse o endereço onde morava e sabia o que estava fazendo. O senhor Luiz Campos, que não é daqui, ainda a levou em casa e ela deu o endereço da casa do pai dela. Houve inconsistências nos depoimentos. Ela atingiu a segunda fase da embriaguez e ficou muito agitada. Ela não atingiu a letárgica, vulnerável, e por isso não é considerado estupro de vulnerável", ressaltou a delegada.

Além disso, o furto da bolsa e do telefone - segundo a influencer alegou - não ocorreu. O que houve foi um esquecimento, e o material foi devolvido logo que o turista ficou sóbrio. O laudo da perícia já foi feito e o exame toxicológico foi juntado, sem elementos para indiciamento do homem.

Agora, o inquérito será encaminhado à Justiça.

RELEMBRE O CASO


A influencer digital Eduarda Martins relatou - em uma série de publicações em sua rede social, na manhã do dia 31 de dezembro, - que um homem a dopou durante a tarde, enquanto estava em um bar. Ela afirmou que acordou no sofá da casa do denunciado, que a colocou em um táxi de volta para casa.

Ao chegar em sua residência, notou que alguns pertences pessoais estavam faltando, além de sua roupa íntima. Por conta da insistência do homem em não devolver os objetos, a denunciante voltou ao apartamento na presença da polícia e pegou seus materiais.

"Quando cheguei em casa e me dei conta que estava sem calcinha, foi um momento que eu me senti nojenta, eu me senti como se meu corpo tivesse sido invadido. Inclusive, havia lesões nas regiões íntimas. Quando eu deito na cama, sinto como se fosse ele por cima de mim", disse Eduarda, muito emocionada.

Por Gazeta Web