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Influencer nas redes sociais, policial alagoana relata ataques após matéria na Folha de São Paulo
Tem sido por meio das redes sociais que a policial civil, Adrielle Vieira, vem registrando a rotina de sua profissão e foi por meio delas que relatou, nessa terça-feira (28), os ataques sofridos após a publicação de uma matéria na Folha de São Paulo, que retratou quatro perfis de agentes da Segurança Pública que são influenciadores digitais.
Adrielle Vieira atualmente possui 142 mil seguidores, com quem compartilha seus atividades familiares e também de profissão. Em uma publicação, a policial afirmou que está no Instagram desde 2012 e sua posição nas redes foi impulsionada para empoderar a atividade policial feminina.
“Quando entrei na polícia, não havia muitas referências de como é, na prática, as dificuldades do trabalho de uma mulher numa instituição majoritariamente ocupada por homens. Então foi natural para mim sempre incentivar o empoderamento feminino e a entrada de mais mulheres na atividade policial. Ao tomar posse, sempre trabalhei na polícia na área fim. Sou o que chamam de policial de rua, sem licenças, sem jeitinhos, sem mimimi!”, colocou a policial.
Ela negou usar o cargo de policial civil para fazer autopromoção nas redes sociais, como também fazer a exibição de atuação dentro de operações policiais, prisões e outras atuações nas ruas. “De um outro lado, nunca gostei de exposição desnecessária da atividade policial. Vocês nunca me viram aqui postar operações e prisões, nem qualquer coisa que ridicularize a instituição a que eu pertenço, tampouco a atividade policial, que foi o que eu nasci pra fazer”, completa.
Adrielle afirmou, ainda, que algumas publicações feitas no seu perfil são frutos de cursos feitos para aprimoramento da atividade policial, pago com o seu próprio salário e que a posição de ser mulher a torna um alvo mais fácil para ataques.
“O que me entristece é que o mundo continua o mesmo. É claro que a mulher é o alvo mais fácil. É claro que vão tentar nos atacar, nos diminuir. Dizer que somos Policiais de fachada ou que nunca entramos em situação de combate. Por isso digo para minhas seguidoras, a misoginia e a violência sempre estarão à nossa espreita. Não nos deixemos abater”, salientou a policial.
Além de Adrielli, a matéria da Folha de São Paulo ainda citou a agente da Polícia Civil de Pernambuco, Gabriela Queiroz, a investigadora da Polícia Civil de Minas Gerais, Nathália Bueno, e a investigadora, Paula Barreira, de São Paulo.
A matéria retratou que influenciadoras são agentes e até investigadoras da polícia, e podem estar transgredindo leis e códigos de conduta ao utilizar materiais e símbolos das corporações em benefício próprio.
Fonte: Cada Minuto