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Programa AVC Dá Sinais realiza o 500º atendimento em 4 meses desde o lançamento

O Programa AVC Dá Sinais conta com quatro hospitais de referência em AVC, todos com tomógrafo e equipe capacitada

Por Redação 23/12/2021 07h07
Programa AVC Dá Sinais realiza o 500º atendimento em 4 meses desde o lançamento
O programa conta com apenas 4 meses de funcionamento - Foto: Reprodução

Um número para se orgulhar! O Programa AVC Dá Sinais, linha de cuidados pioneira no país para pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC) que foi lançado em agosto desse ano, em 4 meses de atividade, discutiu 500 casos suspeitos de AVC pelo aplicativo de telemedicina. Destes, 235 foram confirmados como AVC, além disso, foram realizadas 66 trombólises e 20 trombectomias mecânicas.

Para os casos de AVC agudo, as terapias reperfusionais – ponto-chave para evitar a morte a as graves sequelas – podem ser a trombólise (injeção de uma medicação para a dissolução do coágulo) ou a trombectomia mecânica (retirada do coágulo que está obstruindo o vaso, através de uma punção feita na veia femoral ou radial com o uso de um cateter).

A janela de tempo para a trombólise é de quatro horas e meia do início dos sintomas. Depois desse tempo, até a oitava hora do início dos sintomas, faz-se a trombectomia mecânica. Mas quando o paciente procura ajuda fora da janela de tempo ideal, outras condutas são definidas pela equipe, de tal maneira que o paciente sempre recebe o serviço adequado.

O neurologista Matheus Pires, coordenador do Programa AVC Dá Sinais, destaca que o número de atendimentos discutidos é superior ao número de casos confirmados de AVC, porque alguns casos suspeitos de AVC podem ser diagnosticados como outras condições, como crise convulsiva, pico pressórico e hipoglicemia. “De toda forma, todos os casos foram discutidos e tiveram a conduta adequada realizada”, explica o neurologista.

O programa permite que cada paciente receba o serviço adequado para sua situação

Agilidade na comunicação

O Programa AVC Dá Sinais conta com quatro hospitais de referência em AVC, todos com tomógrafo e equipe capacitada: Hospital Geral do Estado (HGE), e Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), ambos na capital alagoana; Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares e também na Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca.

As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) podem receber pacientes com suspeita de AVC como porta de entrada. Além disso, o Programa possui um aplicativo de telemedicina que agiliza a comunicação entre o Samu e as UPAs com os neurologistas nos hospitais de referência.

E para os pacientes acometidos pelo AVC que tenham sido atendidos no HMA e necessitem de acompanhamento, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) oferece também um ambulatório pós-AVC (localizado no próprio HMA), com neurologista vascular, fisioterapeuta, fonoaudióloga e enfermeira.

O Secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, comemora a agilidade no atendimento de casos suspeitos de AVC nos alagoanos. “Sabemos que o AVC é a segunda maior causa de morte no Brasil e uma das principais doenças responsáveis pela incapacidade no mundo. Tudo isso pode ser minimizado com acesso a atendimento eficiente e é isso que nós almejamos com o Programa AVC Dá Sinais”, afirma Ayres.

“Alagoas é o primeiro estado no Brasil a estabelecer um Programa como esse pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e fico muito contente em dizer que ele está em pleno funcionamento, oferecendo atendimento rápido e humanizado. Sou muito grato às equipes de saúde que abraçaram esse Programa que tem salvado tantas vidas”, disse o gestor.

Sintomas do AVC


Os sintomas do AVC são alteração da fala e do movimento dos membros, tontura, dor de cabeça repentina, náuseas, vômitos, rebaixamento do nível de consciência e sonolência, dormência nos braços e pernas e boca torta ao falar ou sorrir.

Caso sejam identificados esses sintomas, o Samu (192) deve ser acionado imediatamente, o paciente pode também se dirigir a uma UPA ou diretamente a um dos hospitais de referência, desde que seja porta de entrada.

Fonte: Sesau/AL