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Aposentado do INSS já tem juros maiores no consignado; fique atento às novas taxas
Os juros do crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) já começaram a subir na rede bancária do país. As novas taxas, de até 2,14% ao mês para o empréstimo pessoal consignado e até 3,06% ao mês para o cartão de crédito, estão valendo desde a última sexta-feira (10), quando foi publicada instrução normativa com os novos índices. Segundo informações da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os bancos já estão "promovendo ajustes internos em seus sistemas para aplicação das novas taxas". Cada instituição define a partir de quando os novos juros começam a ser aplicados e qual o percentual, que tem como limite o índice publicado pelo INSS.
A reportagem procurou as cinco maiores instituições bancárias do país: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander. O Bradesco informou que já realizou ajustes nos juros do consignado do INSS. Com isso, quem tomar um empréstimo pelo banco paga novas taxas. "O banco já está operando com as novas condições", diz nota enviada. A instituição, no entanto, não detalhou quais são os novos juros. Os bancos podem aplicar juros menores, mas não maiores que o teto estabelecido.
Já o Itaú Unibanco ainda não subiu os índices. Quem contratar empréstimo consignado pelo banco paga juros menores por enquanto. A instituição diz que está "fazendo estudos para decidir quando vai alterar sua taxa máxima e frisa que qualquer alteração nessa direção será aplicável apenas a novos contratos fechados", afirma a rede. "O banco também destaca que o consignado continua sendo a opção de crédito com a menor taxa do mercado e que esta varia de acordo com o perfil do cliente, seu relacionamento com a instituição, valor emprestado e período de financiamento", diz nota.
O Banco do Brasil também não fez ajustes nos juros e segue emprestando dinheiro para aposentados e pensionistas do INSS com taxas menores. "O BB monitora e avalia permanentemente os fundamentos do mercado e a concorrência, sempre no propósito de estabelecer sua política de preços em condições competitivas", afirma o banco. Caixa Econômica Federal e Santander não enviaram as informações até a publicação deste texto. Mas, em todos os casos, antes de fazer a contratação, o aposentado ou pensionista pode simular valores, taxas e prazo de pagamento do empréstimo.
AUMENTO OCORREU A PEDIDO DOS BANCOS - A alta de 18,9% no empréstimo pessoal consignado, que antes tinha juros de 1,80%, e de 13,3% na taxa do cartão de crédito (antes de 2,70%), foi um pedido dos bancos, após queda nos juros durante a pandemia e um longo período de congelamento. Desde março de 2020, menos de um mês depois de a Covid ter chegado ao país, as taxas do consignado caíram e permaneciam no mesmo patamar. A autorização para o aumento foi dada pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) na segunda-feira (6). O reajuste foi atrelado a políticas de educação financeira para os aposentados e pensionistas do INSS, que deverão ser custeadas pelas instituições bancárias, mas cujos pontos principais serão debatidos e definidos pelo conselho.
REGRAS MAIS VANTAJOSAS - Até o final deste ano, o consignado do INSS terá regras mais vantajosas para os segurados. É possível comprometer até 40% da renda mensal com o crédito: 35% para o empréstimo pessoal e 5% para o cartão consignado. Além disso, o parcelamento também poderá ser feito em até 84 vezes. A partir de 2022, as normas devem voltar ao que valiam antes da pandemia de Covid-19 e o aposentado ou pensionista poderá comprometer até 35% de sua renda mensal com essas dívidas: 30% para o empréstimo e 5% para o cartão de crédito consignado, além de ter que quitar o débito em até 72 vezes. Os dados mais recentes do INSS mostram que há 195,6 milhões de consignados ativos no país. Somente neste ano, foram fechados 37,8 milhões de novos contatos. Esse tipo de empréstimo é controlado pelo CNPS e toda alteração proposta só é válida se for aprovada pelo conselho.
Fonte: TNH1