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Em inauguração do Monumento à Liberdade Júlio Cezar pede perdão ao povo negro pelo descaso de governos anteriores

A obra, que possui 4 metros de altura e foi feita pelo escultor Ranilson Viana, representa a história do povo negro de Palmeira dos Índios

Por Redação 30/11/2021 09h09 - Atualizado em 30/11/2021 13h01
Em inauguração do Monumento à Liberdade Júlio Cezar pede perdão ao povo negro pelo descaso de governos anteriores
Palmaeira dos índios - Foto: Assessoria

A Prefeitura de Palmeira dos Índios, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, inaugurou no dia (27) deste mês o Monumento à Liberdade. A obra, que possui 4 metros de altura e foi feita pelo escultor Ranilson Viana, representa a história do povo negro de Palmeira dos Índios que tanto contribuiu para o crescimento do município. A solenidade, que encerra a Semana da Consciência Negra, contou com a presença de secretários municipais, representantes da comunidade quilombola de Tabacaria e a população.

O secretário municipal de Cultura Cássio Júnior destacou a importância do momento para o município. “Este é um marco para a nossa cidade, pois os povos negros ajudaram a construir a história do nosso município e do
nosso país”, disse o secretário, respaldo pelo presidente dos Produtores Rurais da comunidade quilombola de Tabacaria. “O mapa do racismo em Alagoas cresce a cada dia. De cada 10 mulheres agredidas 9 são negras. Mas temos maturidade política em Palmeira dos Índios, que tem um prefeito voltado para as causas do negro e da mulher”, disse Aluísio Caetano.




O prefeito Júlio Cezar ressaltou que uma cidade precisa de memória para ser lembrada e pediu perdão ao povo negro pelo descaso de governos anteriores. “É inegável a luta dos negros em Palmeira dos Índios, onde
temos o primeiro quilombo de Tabacaria com certificação nacional e também o primeiro a ser reconhecido no país. Alí é um chão sagrado. Por isso, o Monumento à Liberdade é tão importante, pois representa toda a
história e luta de um povo. Esse momento é dedicado à memória do povo quilombola, que tombou em muitas lutas”, destacou o prefeito.

E continuou. “Ninguém deve ser reconhecido e nem discriminado pela cor da pele, pois somos todos filhos de Deus. O memorial conta a história do nosso povo negro que foi oprimido por séculos. Peço perdão ao nosso povo negro pelo descaso de gestões anteriores, por todo o preconceito e pelos que ignoraram os negros de Palmeira, que têm tantos direitos como qualquer outra pessoa”, afirmou o prefeito Júlio.

Fonte: Assessoria