Notícias
“Minha família foi destruída”, afirma mãe que teve os filhos assassinados em abordagem policial
Maria de Fátima Ferreira falou nesta quinta-feira (25), durante o julgamento do policial militar Johnerson Simões Marcelino

“Minha família foi destruída”, afirmou Maria de Fátima Ferreira, mãe dos irmãos Josivaldo Ferreira Aleixo e Josenildo Ferreira Aleixo (ambos com deficiência intelectual), que foram mortos durante uma abordagem policial em março de 2016, no Conjunto Village Campestre. A declaração foi dada nesta quinta-feira (25), durante julgamento do policial militar Johnerson Simões Marcelino, acusado de matar as vítimas.
O réu é acusado pela morte dos dois jovens, além do pedreiro Reinaldo da Silva, que estava do outro lado da rua e também foi atingido e morreu.
“Foi o primeiro dia em que deixei eles saírem sozinhos. Antes disso, sempre andaram comigo. O pai dos meninos, que já estava doente, morreu depois do que aconteceu com eles”, relata a mãe.
Segundo ela, os meninos nunca apresentaram mal comportamento e tinham ido para a casa da madrinha, onde brincavam com o filho dela, de cerca de sete anos.
Na versão dos PMs do 5º Batalhão, os garotos estavam com uma pistola 380 e uma espingarda. Eles teriam sido abordados após um informante denunciar a Johnerson que os irmãos estariam em posse das armas, com a espingarda desmontada, dentro de uma bolsa.
No entanto, segundo a mãe, os meninos saíram sem nenhuma bolsa naquele dia. “Ele foram apenas com o cartão de deficiente e os celulares. Eu mesma coloquei eles no ônibus de manhã”, conta.
Ela apontou também que, mesmo com os documentos, os meninos foram postos como indigentes no IML. “Como que eles foram revistados, se colocaram eles como indigentes, eles com documentos. Os cartões nunca voltaram pra mim, nem os celulares”, disse.
A defesa afirmou à mãe que os documentos dos meninos constam nos autos do processo e apontou contradições com depoimentos anteriores, o que ela justificou como sendo efeitos dos remédios que passou a tomar após as mortes dos meninos. “Eu tomava remédio contra ansiedade antes, mas hoje tomo até tarja preta. Eu estava dopada de remédios, era muito recente [à data do primeiro depoimento]”.
Os advogados de defesa também apontaram o analfabetismo da mãe, após ela afirmar que acompanhava as conversas e postagens dos meninos nas redes sociais. Posts dos irmãos são os principais indicativos de envolvimento deles com o crime organizado, devido à menções e fotos. Mesmo assim, Maria de Fátima afirma que acompanhava todas as atividades dos meninos, que iam apenas para a escola, para os tratamentos, e para casa, além de alguns eventos esportivos.
Fonte: Gazeta Web

As 10 mais lidas
Raça Negra é o cachê mais caro do Massayó Verão; confira os cachês
2Mulher Reage a Tentativa de Estupro com Golpe de Jiu-Jítsu e Mata Agressor em SP
3Junior Menezes começa implantação de iluminação de LED no Conjunto Newton Pereira
4Descubra quem é o brasileiro namorado da princesa Leonor da Espanha
5Bebê de 15 dias é levada dos braços da mãe a força em Novo Lino, interior de Alagoas
6Banhistas são proibidos de usar guarda-sol em praia de Marechal Deodoro; caso reacende debate sobre privatização
7VINHO MATA 99% DAS BACTERIAS QUE CAUSAM INFECÇÃO NA GARGANTA E CÁRIES NOS DENTES
8Número de evangélicos no Brasil aumenta 61,5%, aponta IBGE
9As Mulheres Mais Ricas do Brasil em 2024: Quem São e Como Construíram Seus Impérios
10Influenciadora Beatriz Miranda é encontrada morta com sinais de enforcamento dentro de carro incendiado
