Notícias
Hospital Regional do Norte inicia casos de urgência e emergência
Depois de permanecer durante um ano, quatro meses e 13 dias atendendo, exclusivamente, pacientes acometidos pela Covid-19, o Hospital Regional do Norte (HRN), em Porto Calvo, mudou o perfil assistencial em uma das ações do Governo Presente e, neste sábado (20), passou a ser uma unidade porta aberta, com assistência de urgência e emergência 24 horas e especializada em Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral e Ortopedia.
O equipamento de saúde, que foi construído e está sob a gerência do Governo do Estado, teve como primeiro paciente o pequeno Ryan Guilherme da Silva, de 1 ano e 10 meses de vida, que foi levado pela mãe para receber assistência médica, após apresentar sintomas de febre e quadro viral.
O garoto, que reside com a família em Jundiá, teve que percorrer apenas 27,4 quilômetros para chegar até Porto Calvo, onde está localizado o HRN, o que equivale a uma viagem de carro que demora em torno de 27 minutos, seguindo pelas AL 480 e 105.
Anteriormente, sem o atendimento pediátrico ofertado na região Norte, caso necessitasse de assistência médica especializada, os moradores de Jundiá teriam que migrar para Maceió, enfrentando 116 quilômetros de distância, o que equivaleria a 1h34 de viagem, sem que houvesse engarrafamento pelas BRs-104 e 101, onde o percurso é menor. Se optassem por trafegar pelas ALs 105 e 101, a viagem seria ainda maior, chegando a durar 1h58, conforme dados do portal www.rome2rio.com, especializado em calcular o tempo e a distância gastos para percorrer trajetos entre cidades e países.
Mas, graças ao Programa de Regionalização da Saúde, planejado em 2015 pela equipe técnica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e, executado ao longo dos últimos seis anos, os moradores das 2ª e 3ª Regiões de Saúde já podem contar com assistência médica especializada no Norte de Alagoas. Isso significa comodidade, humanização e agilidade na assistência, reduzindo o tempo-resposta e evitando sequelas e óbitos, segundo prevê a Superintendência de Atenção à Saúde (Suas). “Não existe comparação com a distância de viajar para Maceió em busca de atendimento médico. Além da rápida viagem, o atendimento foi rápido e o hospital tem uma estrutura muito boa”, disse Valdirene Maria da Silva, mãe do pequeno Ryan.
Virada de chave – A mudança do perfil assistencial do HRN, que conta com 133 leitos, sendo 100 Clínicos e 33 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), só foi possível em razão da queda na curva de contágio do novo coronavírus em Alagoas. Situação que culminou com a redução do número de casos novos diagnosticados, bem como, com a diminuição das internações. Por isso, a Sesau determinou que apenas o Hospital da Mulher (HM), em Maceió, seja destinado ao atendimento de pacientes acometidos pela Covid-19.
Para o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, a mudança de chave do HRN é um marco para a região Norte do Estado, que sempre foi carente de assistência hospitalar especializada. Agora, segundo o gestor, com o declínio da curva de contágio do novo coronavírus, a unidade hospitalar passa a atender com foco no perfil assistencial para o qual foi planejada e construída pelo Governo de Alagoas, que investiu R$ 30,7 milhões, utilizando recursos do Tesouro Estadual.
“Esse já é o quinto hospital que a gente entrega aqui em Alagoas, em um momento muito duro, em que a população ainda utiliza máscaras, em razão da maior crise sanitária da nossa geração. Mas, graças a um trabalho muito sério, liderado pelo governador Renan Filho, nós conseguimos fazer com que Alagoas, uma terra considerada pobre, conseguisse ser uma referência positiva na saúde pública. Hoje batemos no peito e dizemos que temos orgulho do SUS [Sistema Único de Saúde] alagoano”, ressaltou Alexandre Ayres.
Diagnóstico – E a partir deste sábado (20), o HRN também passou a contar com um Centro de Referência em Especialidades. A unidade, que foi construída com recursos próprios do Tesouro Estadual, da ordem de R$ 5,8 milhões, passou a agilizar a assistência aos pacientes internados, assegurando exames de tomografia computadorizada, raios-x 100% digital e ultrassonografia com doppler.
Fonte: TNH1