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Caso Danilo: padrasto acusado de matar menino de sete anos irá a júri popular
O réu José Roberto de Morais, acusado de matar o enteado Danilo Almeida Campos, de sete anos, em 2019, irá a júri popular, segundo decisão do juiz Filipe Ferreira Munguba, publicada no Diário Oficial do Tribunal de Justiça de Alagoas desta quinta-feira (18).
O réu responderá por crimes de tentativa de homicídio qualificado, estupro de vulnerável, lesão corporal em âmbito doméstico, cárcere privado, sequestro e ocultação de cadáver.
Na decisão, o juiz afirma que mantém a prisão preventiva de José Roberto pois os “indícios do perigo gerado pelo seu estado de liberdade são extraídos dos depoimentos que indicam que ele é pessoa violenta e contumaz na prática de crimes no âmbito doméstico, violentando fisicamente, psicologicamente e sexualmente as mulheres e crianças com quem conviveu”.
O magistrado disse que o réu, além de trocar a roupa da vítima, ocultou e lavou o cadáver da criança, visando dificultar a elucidação do crime.
Munguba ressalta, também, que, à época, o acusado chegou a drogar a mãe de Danilo para que ela mentisse em seu depoimento e acusasse autoridades policiais de tortura.
O caso
Danilo Almeida, de sete anos, estava indo com o irmão gêmeo ao encontro do padrasto, em uma oficina próxima a sua residência, no bairro do Clima Bom, em Maceió, quando foi sequestrado no dia 11 de outubro de 2019 por uma mulher que, segundo o irmão, tinha o “cabelo verde”.
O irmão de Danilo contou à polícia que a mulher também tentou levá-lo, mas que conseguiu fugir após dar uma mordida na suspeita.
De acordo a denúncia do Ministério Público (MP), Danilo Almeida Campos foi assassinado por ter demorado a chegar com um garfo para entregar ao padrasto O corpo de Danilo foi encontrado em um beco próximo à residência da família, na parte alta da capital.
José Roberto de Morais foi preso no dia 7 de novembro de 2019, por suspeita de crime contra a ex-mulher e a enteada, quando morava em Arapiraca, entre os anos de 2009 e 2010. As acusações incluem estupro de vulnerável, lesão corporal, cárcere privado e tentativa de homicídio.
Fonte: Cada Minuto